Enviada em: 17/06/2018

Com a Proclamação da República,em 1889, o voto estendeu-se a uma parcela significativa da sociedade. Paralelamente,no século XXI, nota-se uma apatia com esse direito, retificado com a Constituição de 1988,após séries de notícias sobre corrupção envolvendo os representantes.Dessa maneira,busca-se a reversão dessa situação para que na eleição em outubro de 2018 os cidadãos possam ir às urnas conscientes do próprio papel no futuro da nação.  Primeiramente,cabe lembrar como o voto é símbolo máximo da democracia.Isto é,quando nasceu na Grécia Antiga,o modelo adotado era o direto com cada indivíduo reunindo-se na ágora- centro de decisões-, porém no sistema moderno está em vigor o representativo.Nesse sentido,estabelecem os partidos políticos,que são alvos de uma intensa descrença popular,por não corresponderem ao esperado,muitas vezes,como quando ocorre desvios monetários de escolas e hospitais. Fatos que levam a psicoadaptação -termo da psicologia- para quando diante dos mesmos estímulos, não há mais reação.Assim, a população não ver modos de mudar a situação atual.  No entanto, vale pontuar que a participação mais efetiva dos brasileiros é diante das urnas. Afinal, como afirmou o escritor Oscar Wilde, a insatisfação é o primeiro passo para mudança.Com isso,a posição consciente diante desse direito garantido pela Constituição cidadã deve ser honrado. Para afirmar como abrangeu-se a votação para mulheres e analfabetos,algo não visto no período da República velha.Nesse tempo,os coronéis faziam a imposição dos candidatos por meio da força ou troca de utensílios,para os próprios interesses.Ou seja, a possibilidade de mudança existe, mesmo que a contemporaneidade tenha coronéis disfarçados, o voto é secreto. Conforme a pensadora Hannah Arendt, que estudou as implicações do nazismo, a reflexão crítica é imprescindível para não cair em regimes autoritários.  É evidente,portanto,como o voto é representante da cidadania e a conscientização diante dele é capaz de mudar os rumos da sociedade brasileira. Para isso, o poder Judiciário,em consonância com a mídia,deve aumentar as campanhas sobre a importância de escolher criticamente os candidatos,colocando exemplos de perguntas para guiar a escolha como sobre a ficha limpa, e contribuições para o país. Haja também uma fiscalização rigorosa no dia de votação com agentes preparados para guiar os eleitores e evitar tentativas de impor candidatos no local. Cabe ainda,um monitoramento dos pais e da escola com debates e a inserção de uma disciplina sobre ética e cidadania no ensino médio, com o objetivo de ressaltar a relevância da participação política. Logo, como no hino brasileiro, a pátria verá que um filho não foge da luta.