Enviada em: 04/09/2018

Brasil: desordem e desprogresso      Na história, a cidadania era tida como uma dádiva de poucos. Na Grécia Antiga, por exemplo, um grupo seleto participava da vida política na Ágora. Atualmente, no Brasil, existe o sufrágio universal, mas muitos optam por não exercê-lo de forma consciente.    Em primeira análise, pontua-se que a venda de votos é uma prática centenária no Brasil. Durante a república oligárquica, os coronéis possuíam o seu curral eleitoral e exerciam o voto de cabresto, sendo ambos uma forma de repressão. Indubitavelmente, esse hábito se perpetuou até hoje. Nesse contexto, é comum que os veículos de informação noticiem casos de venda de votos, em troca de dinheiro, tijolos ou cargos públicos.     Ademais, o brasileiro não tem o hábito de investigar os candidatos. Nessa conjuntura, averiguar se eles possuem antecedentes criminais, se estão envolvidos em corrupção e qual é o plano de governo é o mínimo necessário para um voto consciente.  Contudo, tal prática é associada como uma burocracia chata e irrelevante, perpetuando a descrença política e a crise de representatividade. No livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda explica como o brasileiro estabelece horror a qualquer tipo de convenção social, inclusive no âmbito político.     É imprescindível, portanto, medidas para atenuar o impasse. As escolas devem ensinar a importância do voto consciente, pro meio de palestras e atividades lúdicas que explicitem como o nosso passado contribuiu na atual conjuntura governamental. Outrossim, o próprio indivíduo deve ter o desejo de se informar e exercer a cidadania, utilizando governos estrangeiros bem-sucedidos como base para adequar o do Brasil. Como consequência, será notória a importância do voto consciente e exerceremos, de fato, o lema positivista de ordem e progresso, presente na bandeira.