Enviada em: 06/04/2018

No que se refere à importância do voto consciente para sociedade brasileira, pode-se afirmar que a autonomia na época eleitoral é um dos fatores fundamentais para o progresso de uma sociedade, caso ao contrário, as consequências podem ser alarmantes. Nesse sentido, o pensamento crítico proporciona não só uma boa representatividade, mas a garantia dos direitos constitucionais.       Em primeiro plano, os séculos anteriores ao XVIII, a monarquia deixou seu reflexo alastrando desigualdade e pobreza ao reprimir a voz do povo, entretanto, com a possibilidade do voto concedida aos negros alfabetizados e com renda em 1891 e as mulheres em 1934, iniciou-se uma busca da igualdade social desses grupos e de representantes que defendiam suas causas, sendo assim a consciência de direito ao voto proporcionou o mínimo de dignidade que era negado a séculos, e dessa forma, Aristóteles com sua teoria "Poética" dizia que, através da justiça se estabelece o equilíbrio no meio social.       Ademais, a passividade da execução da cidadania pode facilitar a alienação, ou seja, os má gestores manipulam pensamentos principalmente de indivíduos que não tem a noção da importância do direito exercer sua cidadania votando, logo, estabelecem regimes fascistas e autoritários por conta da facilidade do controle de massas, assim como na ditadura civil militar, no Brasil, onde parte da população apoiou o golpe anti-democrático, o qual proibiu as eleições diretas. Além disso, o desinteresse político pode dar ascensão a partidos  envolvidos em corrupção, que acabam desviando verbas públicas dificultando o investimento em políticas sociais , assim deixando a deriva as condições dignas de um cidadão.        Entende-se, portanto, que cabe a cada indivíduo ter consciência de si e de sua função na sociedade, segundo Karl Marx. E cabe também ao Ministério da Educação aumentar cargas horárias escolares do ensino fundamental e médio de matérias de humanas (filosofia, sociologia, história...) e adição de aulas de ciências políticas, tanto para alunos de escolas públicas quanto particulares, para que tenham formação crítica  e sempre defendam seus interesses, e também cabe ao Ministério das Comunicações criar e distribuir folhetos em áreas públicas sobre fatos históricos e suas consequências quanto a passividade do povo, mostrando regimes fechados no país, suas regras, e o reflexo de seu governo na sociedade para que cada cidadão desenvolva seu senso sobre a questão. Por fim, cabe ao próprio Estado prevenir golpes colocando na Constituição que um governo só pode ser legitimado por escolha do povo.