Enviada em: 01/10/2018

Na Carta de Pero Vaz de Caminha, considerada a certidão de nascimento do Brasil, um dos aspectos mais ressaltados é a exuberância da natureza brasileira. Nessa perspectiva, nota-se que apesar de tal beleza, os ecossistemas brasileiros foram muito degradados durante a história. Do contexto histórico ao panorama hodierno, percebe-se que a destruição desses biomas ainda atua como algoz a genuína cidadania, seja pela ascensão do consumismo, seja pela legislação branda nessa perspectiva.        Segundo o filósofo Theodor Adorno, a propaganda e a indústria cultural agem de forma indutora a sociedade, para que se compre produtos que não são necessários. Nesse sentido, tal afirmação fica ainda mais clara, ao observar-se a atual situação de consumismo no país verde e amarelo. Tal consumismo, produz diariamente toneladas de lixo, explora e destrói grandes áreas ecológicas e coloca a ‘’ terra de palmeiras e sabiás’’ em estado de grande degradação.       Vale salientar, ainda, que apesar da Constituição de 1988 assegurar a preservação do meio ambiente, as leis nesse setor não são obedecidas. Este desrespeito, advém, principalmente, da grande dificuldade em monitorar a vasta dimensão do território brasileiro. Dessa forma, a título de exemplificação, cerca de vinte mil quilômetros quadrados são desmatados na Floresta Amazônica, por ano, segundo dados do IBGE. Como produto dessa realidade, a diversidade ecológica do país verde e amarelo vem sendo reduzida dia após dia, assim como a autoridade constitucional.       Parafraseando o político Theodore Roosevelt, educar o intelecto sem educar a moral, é criar ameaças. Partindo dessa égide, é condição ‘’ sine qua non’’ que o Ministério da Educação, por meio de palestras e campanhas publicitárias nas escolas, juntamente à ampla divulgação midiática, eduque os alunos e a sociedade como um todo acerca da importância da reutilização, reciclagem e redução do consumo, para assim, formar cidadãos mais preocupados com a natureza. Ademais, é imprescindível, que o Estado, através de investimento em tecnologia, capacite adequadamente a polícia ambiental para que o desrespeito à Constituição fique mais difícil. Mediante tais medidas, assim como na Carta de Pero Vaz, a natureza brasileira continuará bela e impressionante.