Enviada em: 08/07/2017

Incêndio de vida    Brasil. País com nome de vegetal, em referência ao Pau-brasil, árvore que dava tom de brasa às roupas dos portugueses. Desde o surgimento da terra tupiniquim, os biomas foram cruciais para a vida. No entanto, o crescimento urbano e a exploração econômica não sustentáveis mostram-se como ameaças.   Primeiramente, é importante destacar o impacto do fomento desorganizado das cidades brasileiras. Historicamente, a população do país concentra-se em áreas litorâneas, devido a maior oferta de emprego dessas. Contudo, pela falta de consciência ambiental, biomas importantes foram degradados para o crescimento das cidades, sem haver uma relação sustentável com o meio ambiente. Por essa razão, a Mata Atlântica tem, hoje, cerca de 7% da sua área original. Tal fato prejudica não só o ser humano, mas também a fauna e a flora, como o mico-leão-dourado, espécie endêmica desse bioma.    Além disso, o aumento da exploração irregular gera preocupação. Com a evolução da engenharia genética, sementes de soja puderam, através da transgenia, adaptar-se aos climas mais quentes e secos. Por conta disso, a exacerbada expansão da monocultura intensiva desse grão tem degradado várias áreas do Cerrado e da Amazônia, muitas vezes, sem autorização.     Com isso, depreende-se o problema enfrentado pelo Brasil. Haja vista a importância desses biomas à sociedade. Portanto, o Poder Executivo Federal, em parcerias com as escolas e a Greenpeace, deve levar à população urbana, por meio de campanhas midiáticas, debates escolares e palestras em praças públicas, a importância da criação de um futuro com cidades mais sustentáveis e arborizadas. O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura devem regular as relações de produção no campo, criando áreas específicas para a exploração, medidas de recuperação da produtividade da terra e replantio de árvores. Desse modo, a economia tornar-se-á sustentável e os biomas serão eterna fonte de vida.