Enviada em: 11/08/2017

Ao se classificar como espécie mais importante e se autoafirmar como apogeu da evolução, o ser humano confere uma suposta legitimidade para seus atos. Entretanto, a violência e a brutalidade com as quais têm tratado os biomas em prol de um modelo de desenvolvimento que contempla apenas o bem estar de poucos vem resultando em severos abalos no próprio modo de vida que tanto os homens desejam conseguir destruindo o meio ambiente.             Já são estudos e mais estudos que comprovam as consequências da ação antrópica no planeta. No Brasil, por exemplo, um cenário recente acomete a cidade de Brasiléia, no Acre, cujo desmatamento das margens de seu principal rio coloca o mesmo em risco de ser assoreado, e, consequentemente, isolando a cidade do resto do país. Em outras regiões do Brasil, nota-se o avanço da fronteira agrícola, que já destruiu grande parte da mata atlântica e agora avança na região amazônia, principal abrigo das mais importantes espécies e maior fonte de água potável no mundo. Absurda agressividade, não encontra limites senão na atuação de órgãos não governamentais e pequenos aglomerados indígenas, já que as últimas leis sancionadas na câmera, como a reforma no código florestal, por exemplo, conferem mais liberdade e legitimidade para ações contrárias a preservação da rica fauna e flora do Brasil.            Outrossim, o único motivo que até agora tem surtido efeito para limitar, mesmo que timidamente, o desenvolvimento inescrupuloso da atividade agrícola e industrial no país, foi o consenso de que tais atividades realizadas de maneira não controlada podem ameaçar a qualidade de vida da humanidade, tendo efeitos visíveis na economia. Essa, de maneira alguma, deve ser a única razão que nos motiva a recuar de nossas atividades, pois tem raízes apenas na ambição e no egoísmo de nossa espécie. Antes de tudo, é preciso compreender a importância da biodiversidade, ou seja, é desejável que a humanidade entenda que muitas outras espécies além de nós merecem viver e prosperar nesse mundo.          Diante dos fatos supracitados, é preciso que haja uma real motivação por parte da sociedade civil e do estado em mitigar as ações antrópicas que vem destruindo os biomas brasileiros. Uma simples e interessante medida, seria endurecer o código florestal e aumentar as áreas de preservação na floresta amazônica e no cerrado, com a finalidade de deter o avanço da fronteira agrícola Por fim, cabe ao Ministério da Educação, incentivar o debate do tema nas escolas, juntamente com a distribuição de material didático. Tal empreendimento fomentaria a consciência ambiental de crianças e jovens, pois espera-se que a próxima geração cuide melhor das riquezas ambientais que a atual.