A resistência da ignorância cultural no Brasil No período colonial, os quilombos representavam polos de resistência negra com a intenção de preservar sua cultura, e que teve como maior exemplo de sucesso o Quilombo dos Palmares. Dessa forma, observa-se esses locais como contribuintes para a formação da identidade nacional do povo brasileiro, mas que com o tempo é cada vez mais depreciado. Diante dessa perspectiva, avalia-se o desconhecimento da população acerca de sua história, além da desintegração desses centros. Nesse contexto, segundo o sociólogo Bauman a modernidade trouxe consigo o afastamento entre os indivíduos de uma sociedade e sua trajetória histórica, de modo a desconecta-los social e culturalmente. Desse modo, perde-se a valorização dos elementos nacionais implantados pelos quilombos na sociedade brasileira, uma vez que as tradições trazidos por essa resistência não recebem a devida atenção da população. Para exemplificar tal fato, cita-se o preconceito contra danças e rituais implementados por povos de matrizes africanas no contexto nacional, e que estão presentes até hoje no país. Além disso, identifica-se no artigo 68 da Constituição Federal de 1988, o dever do Estado em assegurar às comunidades quilombolas o direito à propriedade de suas terras. Porém, essas ações não são de fato postas em prática, pois muitas dessas áreas são desapropriadas por grandes latifundiários, que buscam aumentar suas posses. Com isso, além de pouco valorizadas nacionalmente as tribos que preservam a cultura de cunho africana são expulsas de suas posses e consequentemente, extinta aos poucos da civilização moderna. Destarte, medidas públicas são necessárias para combater a degradação dos centros quilombos no Brasil. Portanto, cabe ao Governo Federal a criação de leis, por meio da convocação de sessões que visem preservar esses locais, para que assim seja possível preservar a cultura brasileira. Ademais, compete ao Ministério da Cultura a promoção de campanhas, por intermédio da exposição dessas na mídia, no intuito de conscientizar a população a respeito da importância das comunidades quilombolas no Brasil. A partir dessas atitudes, poder-se-á tornar a influência cultural dos quilombos forte novamente e torná-los verdadeiros polos de resistência, assim como ocorreu durante o período colonial.