Enviada em: 25/08/2019

Zumbi dos Palmares, foi um dos grandes líderes quilombolas do Brasil, representante da resistência contra a escravidão. Organizou e manteve um dos maiores quilombos do país, que servia de refúgio para a população negra, onde encontravam proteção e o direito de viver a sua cultura. Esse importante guerreiro morreu em prol da causa, porém quando observamos a condição de abandono atual que vivem essas comunidades, é perceptível que o esforço desse herói não foi valorizado. Desse modo faz-se necessário debate sobre as causas, consequências e a possível solução dessa problemática. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que as organizações formadas pelos descendentes de escravos representam uma parte importante da história do Brasil. Entretanto, eles vivem em situação de abandono, em comunidades isoladas com pouca ou nenhuma qualidade de vida. Acerca disso, convém apresentar os dados do IBGE, os quais comprovam que 75% dessa população vive em pobreza extrema e aproximadamente 55% não possui acesso à água encanada. Prova disso é a falta de um departamento do governo responsável por desenvolver projetos de valorização e manutenção desse povo tão importante para memória cultural da nação. Logo, é substancial à alteração dessa situação que continua a desvalorizar à luta das minorias. Em segundo lugar, é necessário destacar que um dos maiores problemas enfrentados pelos quilombolas é a falta de pose da terra. A esse respeito, é considerável demonstrar informações da BBC News, as quais evidenciam que cerca das três mil comunidades quilombolas do território nacional, apenas 207 detém jurisdição das propriedades. Evidencia-se esse fato devido a morosidade dos processos realizados pelo INCRA, que dificultam o acesso aos documentos que comprovam o monopólio. Desse modo, sem essa comprovação, os quilombolas não conseguem acesso aos programas do governo que financiam a agricultura, uma das principais atividades realizadas nessas terras, isso contribui para o subdesenvolvimento dessa parte do corpo social. Em suma, com o intuito de amenizar esses dilemas, o Governo e o INCRA devem desenvolver um projeto de apoio ao desenvolvimento econômico desse povo. Por meio da contratação de uma equipe especializada focada em dois pilares principais. Sendo o primeiro para agilizar os documentos de posse das terras, e o segundo para o desenvolvimento das diretrizes básicas, como o acesso à água encanada. A fim de facilitar o alcance das políticas de avanço agrícola e aos direitos básicos previstos na Constituição, para que assim eles detenham as condições minímas de subsistência. E que desse modo, seja possível proporcionar um ambiente de vida e trabalho dignos, para que assim os quilombos continuem existindo como refúgio desse povo, como almejava Zumbi.