Enviada em: 15/09/2019

O quilombo dos Palmares fora um importante símbolo de resistência negra no Brasil. Entretanto, as demais terras quilombolas ainda presentes no Brasil atual sofrem por dificuldades em meio a sociedade, haja vista os frequentes ataques contra quilombos juntamente com a desvalorização dos mesmos. O que fere uma memória viva da história brasileira.       Primeiramente, sabe-se que as comunidades quilombolas são pouco respeitadas pelas outras parcelas da sociedade. Nesse sentido, é evidente a fragilidade das leis que deveriam proteger essas terras. Por exemplo, segundo o artigo "Racismo Ambiental e Sociedades de Remanescentes Quilombolas" do site "Palmares, Fundação Cultural", o racismo ambiental é presente e pode ser definido como sendo o desrespeito às terras de minorias étnicas a partir da colocação intencional de lixeiras perigosas, incineradoras, indústrias poluidoras, dentre outros atos que são prejudiciais e geralmente não punidos.       Ademais, é relevante salientar que os quilombos são elementos necessários para a manutenção cultural. Porém, este símbolo não é devidamente valorizado, visto que há poucos debates dentro da esfera política sobre sua preservação. Dessa forma, o fato demonstra um risco para a cultura brasileira. Segundo Marcel Mauss, comportamentos étnocentricos são produtos de apreciações negativas dos padrões culturais de povos tidos como diferentes.       Portanto, a preservação dos quilombos no Brasil é de suma importância para a manutenção da cultura, porém não é efetiva. Destarte, é dever do Estado garantir a integridade das terras quilombolas, por meio da manutenção das leis que asseguram os direitos dos descendentes de ex-escravos, a fim de manter esse símbolo vivo. Além disso, é necessário que o Ministério da Educação introduza nas escolas a valorização dos quilombos, por meio de palestras e atividades didáticas, para que o Brasil aprenda a valorizar nossa história. Deveras, os brasileiros poderão dar continuidade a essa marca cultural.