Enviada em: 21/09/2019

No Brasil colonial, a presença em todo seu território de quilombos, e cada um com sua própria história, representava a luta por inclusão social das classes mais marginalizadas da sociedade da época, em especial dos negros africanos, em que naquele meio expressavam a preservação de sua cultura matriz. Na atualidade esse significado não se alterou, contudo o preconceito sim, saindo da luta contra a escravidão para a visão preconceituosa de uma sociedade eurocêntrica e como resultante a precariedade de políticas públicas para essa parcela da população brasileira.        Por certo, o panorama eurocêntrico da sociedade contemporânea brasileira foi construído ao longos dos anos pelos sucessivos governantes com o objetivo de “branquear” os cidadãos, tal intenção trouxe retrocessos para a população negra no brasil, trazendo um reavivamento no significado do quilombo, histórico e cultural nos seus descendentes. A luta do movimento negro ao longo do tempo possibilitou uma mudança de olhar. A Marcha Zumbi dos Palmares, ocorrida em 1995, resultou na criação do Grupo de Trabalho Interministerial para a Valorização da População negra e em Políticas Nacionais voltadas para o mesmo, entretanto os avanços mais significativos estagnaram na teoria sem a efetiva prática.            Ademais, a precariedade das políticas públicas básicas adicionando-as à falta de efetividade com as Políticas Nacionais demonstram a incompetência do Estado Brasileiro em assegurar e garantir os direitos conquistados pelos descendentes de ex-escravos com a constituição de 1988. Segundo a professora Silvia Lara, da Unicamp, historiadora e pesquisadora, as comunidades quilombolas carecem ainda na atualidade com acesso a saúde e educação, algumas não possuem unidades de atendimento e ensino ou as que atem apresentam infraestrutura deficitária e limitada.          Portanto, é evidente que os quilombos requer atenção adequada da sociedade e do Estado, com o exposto, o Governo Federal através dos Ministérios da Cidadania, Direitos Humanos e Educação devem fazer campanhas em conjunto com a sociedade civil organizada, nas escolas, com intuito de fomentar e criar uma visão de mundo homogêneo culturalmente, assim desconstruindo gradativamente preconceitos enraizados na sociedade, os mesmos órgãos com adição dos Ministérios da Economia e Saúde, devem planejar métodos para o melhoramento e aperfeiçoamento das políticas já existentes para colocação efetiva em prática, com isso, contribuindo para amenização dos problemas apresentados e maior integração das comunidade quilombolas com os demais cidadãos brasileiros.