Enviada em: 15/10/2019

"Quilombo,que todos tiveram que tombar amando e lutando..."-Gilberto Gil,cantor brasileiro. Diante desse trecho da música "Quilombo, o El Dourado Negro", representa como foi difícil a conquista dos locais de refúgios dos negros escravos,no qual amavam as suas tradições e lutavam pela liberdade.Dessa forma, é fulcral debater sobre a importância dos quilombos no Brasil hoje,seja por fazer parte da construção social brasileira, seja pela negligência governamental diante desses locais históricos.   Em primeira análise, os quilombos foram locais de resistência dos africanos que tinha como objetivo viverem livres, contudo como a escravidão no Brasil,no qual historicamente durou cerca de três séculos, resultou na miscigenação e formação da sociedade brasileira.Nesse contexto,chegou em média 3,6 milhões de escravos, afirmou em 1949, Maurício Goulart no livro "A escravidão africana no Brasil".À vista disso, os africanos encontraram uma forma de continuar cultuando seus costumes,crenças e fé no Brasil, que foi conhecido como sincretismo religioso e ocasionou que o Católico e o Candomblé celebram festas em comum.Logo, os quilombos são tão importantes para história e a cultura da sociedade quanto as igrejas católicas, no entanto não são muito evidenciados nos livros didáticos e nas escolas, apesar do país ser denominado laico.   A posteriori, é dever do Estado zelar por esses sítios arqueológicos mas tal lei não tem a importância devida.Prova disso, a Fundação Cultural de Palmares realizou uma pesquisa e das 6 mil comunidades quilombolas,apenas 3.100 têm certificado o que resulta em menos de 5% é tombada pelo governo o restante são propriedade da elite, que comprou com a aprovação das Leis de Terras após a abolição da escravidão.Dessa forma, o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) tenta minimizar esses efeito desigual agravado no século XVII. Em síntese, o país deveria exercer a função do artigo 216 que obriga a tomar todas as comunidades quilombolas com o fito de notoriedade.   Infere-se,portanto, que os atores sociais trabalhem juntos para aumentar a importância dos quilombos para a sociedade como um todo. Para tanto, o Ministério Público em parceria com o Poder executivo devem executar de forma coerente a lei do Patrimônio Cultural. Ademais, tal empreitada social será executada por meio do Incra desapropriando as terras a favor dos quilombolas,além de estimular as empresas a elaborar os livros escolares contendo informações básicas sobre matrizes africanas, como forma de exercer a justiça e preservar a identidade cultural da nação. Por fim, objetiva-se um país justo e  que possivelmente Gilberto Gil orgulharia-se-á.