Enviada em: 02/10/2019

No contexto atual do Brasil, uma vez que o uso de drogas pesadas aumenta, a questão sobre a internação de dependentes químicos é comum. Há de se considerar que uma grande parte da população vê os usuários como criminosos ao invés de vê-los como doentes. Além disso, os tratamentos existentes no momento atual somam a vários problemas estruturais e sociais e não ajudam o paciente a obter mudanças de atitudes.        Primeiramente, é de extrema importância discutir sobre a forma dos dependentes por parte do governo em oferecer ajuda colabora para que esta situação ocorra. A exemplo da citação, tem-se o caso do prefeito de São Paulo, João Dória que usou de força policial para expulsar moradores de uma região denominada Crakolância por ter um alto consumo de substâncias ilícitas. Assim, essa atitude foi uma tentativa de reintegrá-los à sociedade.        Outro aspecto a ser abordado, são os tratamentos disponíveis e como os problemas estruturais e sociais afetam o indivíduo a não conseguir sair dessa situação. Hoje, existem algumas formas para buscar o tratamento. Porém, na maior parte dos casos, é necessário a própria vontade do paciente e a conscientização do mesmo. Segundo a Lei Federal 10.216 a internação só pode acontecer de forma voluntária, em consequência desse fato, alguns casos em que o dependente está imerso nos efeitos causados pelo vício que não reconhece a necessidade de buscar ajuda.        Portanto, a maneira como a internação involuntária de dependentes químicos é feita no Brasil, deve ser melhorada. Em primeiro lugar, cabe ao governo a criação de um programa de reintegração social para que indivíduos reabilitados tenham após um tratamento os direitos básicos à vida como moradia e emprego, dessa forma, reintegrando-se à sociedade. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde buscar um tratamento de qualidade, com a finalidade de que o paciente se sinta bem ao estar em uma clínica e assim mudar de vida. A população deve ajudar pessoas próximas que sofrem desse problema através de campanhas e da própria conscientização podendo até salvar vidas.