Enviada em: 03/08/2019

O advento da internet condecorou o avanço da globalização e de diversas ferramentas e possibilidades; dentre essas, o alcance ao conhecimento. Hoje, são muitos os profissionais que se disponibilizam virtual e gratuitamente, a fim de democratizar cada vez mais o ensino. Outrossim, o sistema EAD das universidades particulares exerce potencial semelhante, ao possibilitar que cursar uma universidade torne-se possível para aqueles que não possuem tempo suficiente para frequentar um campus presencial. Mas, afinal, a internet é um meio para todos?             É indubitável que todo adolescente deve ter direito à educação básica, para que possa alcançar uma boa universidade. No entanto, nem sempre o ensino médio público cobre toda a pressão exercida pelo vestibular, uma vez que as aulas têm tempo contado; assim, as plataformas de ensino e os canais de youtube voltados ao assunto tornam-se essenciais ao estudante. Essas, além de terem um preço acessível, estão disponíveis quando e onde o aluno desejar. De acordo com o site O Globo, mais de 70% dos educandos de escola pública que não tem outros meios de preparo, têm desempenho abaixo da média nas provas de matemática e português no Enem. Ademais a educação a distância, EAD, abre as portas também para outras idades e outros objetivos. Conforme os dados fornecidos pelo site G1, em 2018 as matrículas para graduação a distância cresceram em 17,6%. O guiadoestudante em um de seus artigos explorou o perfil dos estudantes do sistema, que geralmente são mulheres que têm entre 18 e 30 anos de idade e já possuem filhos e pelo menos uma graduação.        Todavia, o acesso à internet não é uma realidade para toda a população e torna-se uma problemática para o governo. Os dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que 30% das famílias brasileiras não possuem contato com essa ferramenta dentro de casa. Atualmente, esse déficit representa uma falha nos direitos do cidadão, que deve ser dotado de poder para alcançar uma boa educação. Ao contrário disso, o esforço pela democratização do ensino torna-se um feito sem destinatário.         Haja vista que o ensino a distância reverbera a democratização do conhecimento, é necessário que toda a população possa usufruir desse mar de informações que a internet possui. Apesar de se alastrar em 1990, ainda hoje a internet não é um meio democrático por si só, pois há uma grande parcela da população que não contém acesso a essa. Dessarte, é dever do Ministério da Educação em conjunto com o governo explorar possibilidades de fornecer mais verba ao pacto federativo para construção de espaços de acesso gratuito à internet nos municípios. Assim, tornarão cada vez mais acessível o ensino a distância.