Enviada em: 20/01/2018

A Internet, desde o final da Guerra Fria, em 1985, teve um grande papel na sociedade que, por sua vez, revolucionou a forma de comunicação e de interação. Com efeito, essa evolução também modificou profundamente a educação, surgindo a modalidade de ensino online, a qual se caracteriza pela interatividade, dinamismo e inovação no processo da democratização do conhecimento. No Brasil, entretanto, a inclusão digital ainda é um grande desafio para populações de baixa renda, como também em áreas isoladas, o que configura um grave problema social.      A princípio, vale ressaltar a importância dessa ferramenta no desenvolvimento educacional brasileiro. Com a implementação da era digital no processo de escolarização, abriu-se um mar de possibilidades para o aprendizado, tornando-o mais dinâmico e inovador, à medida que aproxima pessoas das mais variadas culturas, além de viabilizar o intercâmbio de visões e de realidades heterogêneas. Um notório exemplo da difusão do ensino/aprendizagem mediados pela tecnologia é o EaD - Ensino a Distância, que é capaz de ampliar e democratizar o saber.          Todavia, convém pontuar que o universo digital ainda é um privilégio entre populações de classe média e alta situadas nos grandes centros urbanos. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios e Usuários de 2014, apenas metade da população brasileira possui acesso à internet em sua residência. Sob tal ótica, infere-se que essa desigualdade é correlacionada com a oferta de serviço baseada na decisão comercial do setor privado, visto que este não tem interesse em investir em lugares onde o retorno financeiro possa ser duvidoso. Além disso, os altos custos de conexão configuram-se como entraves para que a maioria dos brasileiros tenha acesso à internet.       Portanto, medidas devem ser tomadas a fim de que haja, efetivamente, a implementação da inclusão digital no Brasil, fomentando a democratização do conhecimento. Para tanto, cabe ao Governo Federal em parceria com o Comitê Gestor da Internet - CGI.br, criar programas de desenvolvimento para a universalização do acesso à Internet, por meio de verbas públicas e de pesquisas produzido pelo respectivo órgão, nas quais sinalizarão mediante indicadores e estatísticas, as disparidades sociais e regionais carentes de acesso à rede. Espera-se, com isso, uma nova relação de isonomia entre classes sociais e regionais enquanto experiências no universo digital.