Enviada em: 22/06/2018

No filme "Cyberbullying", a longa-metragem aborda a impunidade dos crimes na internet mostrando a realidade de uma jovem que sofre ataques machistas e depreciativos contra sua imagem sem ter a quem recorrer, o que levou a personagem a tentativa de suicídio. À vista disso, compreende-se a crítica social sobre os crimes de ódio e o cyberbullying nos meios de comunicações, visto que a as redes sociais vem sendo usadas para propagar cada vez mais insultos e preconceitos sem que sejam julgados ou punidos devidamente e, assim, gerando problemas emocionais e psicológicos as vítimas.              Em primeiro plano, o caso da meteorologista do Jornal Nacional, também conhecida como Maju, chocou o país após ser vítima de racismo em sua página em uma rede social, segundo o próprio jornal. Diante disso, milhares de pessoas subiram a hastag "Somos Todos Maju" no Twitter em favor da punição e condenação dos envolvidos no caso, entretanto, poucos foram identificados e devidamente punidos, tudo isso por conta da falta de instrumentos e capacitação adequada para atender esses casos. Dessa maneira, percebe-se que a internet virou uma terra sem lei, a qual reina o anonimato e a impunidade, o que estimula cada vez mais quem comete esses crimes. Logo, todo esse ódio cibernético se transformam em sequelas, até mesmo irreversíveis, para suas vítimas, uma vez que podem gerar traumas e até levar ao suicídio.                     Ademais, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman e sua teoria "Modernidade Líquida", a individualidade é uma das principais características da sociedade, consequentemente, as pessoas tendem a não tolerar diferenças. Nesse contexto, a globalização e os meios de comunicação trouxeram todas convergências do mundo real para uma rede virtual, a qual é usada justamente para disseminar essa intolerância em virtude do anonimato. Desse modo, investir em tecnologias que identifiquem essas pessoas para que possam ser responsabilizadas por seus atos é de extrema importância e, assim, evitar qualquer tipo de ataque, evitar vítimas e servir de exemplo para os demais.                   Entende-se,portanto, que cabe ao Governo Federal, junto a Polícia Federal, por meio dos investimentos nas áreas cibernéticas, aumentar a quantidade de materiais relacionados à busca de IP's (identificação dos computadores), como boas máquinas e processadores, além de investir na qualificação desses policiais para que possam buscar essa identificação e, assim consigam chegar aos culpados. Cabe, também, ao Legislativo, por meio da criação de uma lei específica, punir exclusivamente casos de ataques virtuais com multa, trabalho comunitário e até prisão, caso o indivíduo venha tirar a própria vida por conta do ato de terceiros. Dessa forma, o ódio espalhado pelas redes será controlado e, também, servirá de exemplo para mal feitores não cometerem tal comportamento.