Enviada em: 25/07/2018

A internet surgiu durante a Guerra Fria por intermédio de pesquisas militares relacionadas aos meios de comunicação. Atualmente, tal invenção oferece diversos recursos, como o acesso às informações e às interações sociais. Todavia, a rede mundial de computadores também facilita a disseminação de crimes de ódio e bullying virtual. Nesse contexto, deve-se analisar os desafios e impactos que o país encara devido às tais práticas.      Primeiramente, o desconhecimento da existência de leis e métodos que podem efetivamente punir os infratores é um dos fatores predominante. Isso porque os autores acreditam que suas ações ficarão impunes. Tal pensamento pode ser evidenciado nas divulgações de materiais caluniosos e nas altas propagações de dados propiciados pela internet, nas quais os usuários ridicularizam e zombam sem terem noção das consequências. Não é à toa, então, que o número de denúncias de crimes cibernéticos, de acordo com a Safernet, aumentou em aproximadamente 45% entre os anos de 2006 e 2013.      Em uma segunda análise, nota-se, ainda, que tais crimes causam prejuízos na qualidade de vida, sobretudo, das vítimas. Os efeitos são semelhantes tanto para o agressor quanto para o agredido, visto que, segundo a Cléo Fontes, especialista em violência escolar, ambos podem apresentar déficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos. No entanto, para as vítimas de cyberbullying, as sequelas psicológicas são mais graves, pois estão propícias à depressão, ao isolamento social e, em casos mais extremos, ao suicídio, o que ocorreu com a canadense Amanda todd, de 15 anos, e comoveu todo o país.      Torna-se evidente, portanto, que medidas deve serem tomadas. Em razão disso, a mídia, com o apoio da Polícia Federal (PF), deve, a fim da conscientização, alertar a sociedade, por meio de palestras gravadas por especialistas da PF e divulgadas na televisão e internet, para, assim, disseminar o conhecimento de crimes digitais e, consequentemente, diminuir o número de infrações na rede. Outrossim, é obrigação dos pais monitorarem as ações de seus filhos na web, através de softwares que permitem o supervisionamento, um exemplo é o "Norton Family", com o objetivo de identificar potenciais perigos de cyberbullying. Dessa forma, as famílias não terão finais infelizes como o da canadense.