Enviada em: 05/08/2018

Embora a criação da internet em 1969, trouxe consigo significativos avanços ,também, foi um marco para o surgimento de novos problemas, como o cyberbulling que é uma expressão inglesa que expressa o  avanço nas redes sociais do tradicional bullyng. No Brasil, esse problema toma grandes proporções já que os ataques podem serem feitos em um ambiente virtual onde pode levar a  grandes repercussões  e  problemas emocionais para a vítima. É notável que essa realidade está intimamente ligada a omissão da escola e da família e  a falta de habilidades emocionais dos jovens.              De fato, algumas escolas do Brasil vêm intervindo no problema, entretanto ainda é insuficiente. Isso é consequência de não existir um engajamento significativo do Estado para resolver o problema, não percebendo o potencial da escola para amenizar tal fato. Uma vez que, grande parte dos crimes virtuais são a continuação  de práticas de bullyng que ocorrem nas escolas ou é uma herança dessa prática que foi adquirido na juventude e foi levado para outros contextos como ocorrem no trabalho. Além disso, sem a participação da família percebendo comportamentos suspeitos e na prestação de denúncia a realidade é agravada.     Ademais, crianças e adolescentes que não possuem um bom nível de inteligência social tendem a cometer o bullyng virtual. Isso ocorre pelo fato de existir uma necessidade do jovem  de construir e afirmar sua identidade e, aliado a isso, não há um conhecimento ,por parte do agressor, da dinâmica desse fato social e de suas possíveis consequências. Já que o mundo globalizado trouxe consigo uma perda de valores essenciais para  a construção da personalidade cívica e para um bom relacionamento com os demais. Assim, a ausência de respeito, empatia e solidariedade são habilidades praticamente perdidas .    Pode-se concluir que, o mundo virtual é um lugar propício para desenvolver boas relações e buscar o conhecimento, no entanto, é também, lugar com práticas ofensivas e violentas. Para amenizar esse impasse,  o Governo Federal, mediante o Ministério da Educação, deve propor que a escola seja protagonista no combate aos crimes virtuais , capacitando os professores para que realizem debates com os discentes e , eventualmente , com seus pais discutindo as possíveis causas que motivam o agressor a praticar o bullyng fazendo-o se sentir responsável em compreender  e solucionar o problema amenizando a dor dos colegas. Do mesmo modo, a escola deve oferecer conhecimento sobre inteligência emocional , procurando estudar grandes especialistas e obras sobre a  psicanálise  tornado-os aptos a entender as relações sociais e resolver problemas. Feito isso, valores essenciais serão resgatados visando tornar a vida em sociedade e em rede mais harmoniosa.