Enviada em: 18/10/2018

Desde tempos remotos, o homem vem buscando maneiras de aperfeiçoar os meios de comunicação, nessa perspectiva, a internet surge como produto do avanço tecnológico. Contudo, ao mesmo tempo que a rede democratizou o acesso à informação, ela deu abertura para que pessoas mal-intencionadas agissem de forma dissimulada. Nesse sentido, um diálogo entre sociedade e governo deve ser estabelecido a fim de se refletir sobre como a internet interfere em crimes de ódio e cyberbullying na rede.             Em primeiro plano, a população precisa compreender como a internet pode lhe influenciar, pois cotidianamente mensagens aparentemente inofensivas são compartilhadas em redes sociais por usuários que não percebem o verdadeiro objetivo da publicação veiculada. Estas postagens estão diversas vezes recheadas de discursos que incitam o ódio a uma pessoa ou a um grupo. A raiva, portanto, se instala de forma tão frequente na vida dos internautas que passa a ser natural tomar posturas agressivas; a este fenômeno, Hannah Arendt, filósofa alemã, deu o nome de banalização do mal.             Outrossim, as consequências que os crimes virtuais causam às vítimas devem ser observadas pela sociedade e pelo governo. Em 2012 após fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann terem sido divulgadas na rede, a artista foi vítima de comentários depreciativos e misóginos, causando impactos psicológicos profundos na mesma. Depois do ocorrido, o governo, já demonstrando preocupação com futuros crimes de natureza semelhante, sancionou uma lei que criminaliza a exibição de mídias sem o consentimento do autor; esta lei ficou conhecida como a Lei Carolina Dieckamann, em homenagem à atriz.             Destarte, o Ministério da Educação poderia implantar no currículo da Educação Básica uma disciplina que ensine os jovens a utilizarem a internet de forma consciente, bem como despertar nestes um senso crítico, através de debates acerca das consequências de crimes virtuais. Assim, eles estariam mais atentos aos perigos que a rede oferece. Ademais o Estado deveria disponibilizar um telefone de contato exclusivo para denúncias de crimes cybernéticos. Só assim é que progressivamente a internet passará de vilã a aliada na nossa luta contra crimes de ódio e cyberbullying.