A questão da internet é um assunto que precisa ser discutido. Isso porque desde a sua criação em 1969, com o intuito de interligar laboratórios de pesquisa, ela vem sendo palco de polêmicas, como crimes de ódio e cyberbullying. Diante disso, faz-se necessário analisar os motivos que levam a isso: a crença que a rede é uma terra sem leis e o baixo número de denúncias. Primeiramente, é necessário abordar a crença que a internet é uma terra sem leis. A razão disso é que, por não haver um contato físico e não existirem fiscais monitorando 24 horas, muitas pessoas se sentem livres para cometerem crimes virtuais e saírem impunes disso. Com isso, em razão dessa falta de informação de limites que devem ser tomados na rede, é crescente o número de casos de crimes de ódio, segundo dados da ONG Safernet Brasil, em 2012 houve um aumento de 45% de casos. Ademais, há também a questão do baixo número de denúncias. O motivo que leva a essa realidade é que as pessoas encontram dificuldade em achar meios de denunciar crimes virtuais, principalmente por desconhecerem o Marco Civil da Internet, lei que visa impor regras e punir as pessoas que fujam a elas. Logo, em decorrência disso, há uma tendência de aumentar o número de crimes virtuais sem punição, como o cyberbulling, que segundo dados da Intel, 66% dos jovens brasileiros já presenciaram casos. Portanto, o Governo, por meio do Ministério da Educação, deve incluir nas escolas, locais de formação de cidadãos, o ensino sobre a constituição e as leis vigentes no país, mediante a contratação de professores especializados nessa área, a fim de garantir que os alunos saibam como identificar e denunciar crimes, mesmo os virtuais. Além disso, as universidades devem promover palestras direcionadas a sociedade com o intuito de informar a população a importância do combate ao crime de ódio na internet. Com isso, os aspectos negativos dessa importante ferramente criada em 1969, seriam solucionados.