Enviada em: 01/11/2018

As duas grandes guerras mundiais do século XX trouxeram inúmeras inovações tecnológicas como o advento da internet. No entanto, apesar das benesses que ela proporcionou, é usada por boa parte da sociedade como instrumento amplificador de ódio. Atualmente, a sensação de impunidade e a falta de denúncias contribui para a expansão do cyberbullying.       Em primeiro lugar, pouco se fala em punição de crimes no espaço virtual, criando no povo uma impressão de que a internet é uma terra sem dono. Diante disso, regimentos como a Lei Carolina Dieckmann surgiram para criminalizar casos de assédios, injúrias ou outros delitos informáticos. Contudo, a eficácia da lei se dissipa onde não há fiscalização e denúncias.     Se por um lado há regimento, por outro lado falta denúncia. O mito de que não há pena para infração virtual faz com que vítimas de cyberbullying não busque auxílio jurídico. Além disso, a falta de apoio social ou familiar faz com que muitas delas se isolem, muitas vezes gerando danos físicos ou psicológicos, como a protagonista da série "Os Treze Porquês". Por isso é fundamental que haja engajamento social na identificação, imputação e combate à esse tipo de violência.      Diante do exposto, faz-se necessário o uso de meios para barrar o crescimento do discurso de ódio cibernético. Assim, cabe às delegacias de crimes virtuais ampliar a fiscalização, implantando uma malha de investigadores, a fim de identificar e agir com eficácia sobre esse tipo de infração. Também é fundamental a atuação das escolas na conscientização dos alunos, através de palestras e cartilhas, sobre a importância do uso responsável da internet, afim de que entendam que há perigo social e medidas legais para esse tipo de delito. Por fim, só assim desfrutaremos dos benefícios da tecnologia sem atribui-la o papel de vilã.