Enviada em: 28/04/2017

A internet surgiu no período da Guerra Fria com o objetivo de guardar segredos do Governo Americano, em meio a ameaças de ataques do inimigo. Atualmente ela está disponível para a população como, além de proteger informações, meio de interação social. Contudo, diferente do que ocorre no mundo real, na rede qualquer um pode ser o agressor de práticas como o bullying, pela facilidade de privatização de seus dados e pelo apoio de indivíduos seguidores.        Em uma primeira abordagem, na constituição brasileira, se caracteriza com crime atos de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva que ocorre com o objetivo de intimidar alguém. Tal atitude, disfarçada na sociedade como "brincadeira", outrora praticada em locais como escolas, faculdades e locais de trabalho, atualmente ganha forte espaço nas redes sociais. Ferramentas como facebook, whats app, dentre outros, possui o suporte de proteção aos dados do usuário, facilitando a violência, antes feita por pessoas de grande porte físico e em uma determinado momento, agora anônima e 24 horas por dia. Os motivos para isso são diversos, todavia não podem ser considerado como normalidade, frente as consequências emocionais de depressão ou auto exclusão social.       Um outro ponto importante, diz respeito à um participante do ciberbullying não muito notado pela sociedade: a platéia, tão importante quando o agressor para a manutenção desse crime. Deve-se atentar para o fato de que para participar de um grupo, muitos aceitam costumes divergentes para ser aceito no meio social. O que afirmar Weber ser a ação social afetiva, movida por sentimentos como medo de exclusão ou de ser agredido, auxiliando a permanência da violência pela pressão externa. No entanto, para o fim desse crime a maioria deve ser dar maior proteção ao agredido do que o apoio ao agressor. Os programas de interação social da internet possuem opções de denúncia a uma postagem ou comentário, não usado pelos agredidos por receio serem caracterizado de covarde ou fraco, porém usado por terceiros promoverá uma ajuda ao violentado e a propagação de valores contra o bully.         É indispensável, portanto, que o Ministério da Educação, promova campanhas de conscientização social sobre a diferença entre "brincadeiras" e agressão, em escolas e universidades (que possuem maior interação com o público participante desse crime), propondo limites para as integrações sociais. Somado a disponibilização de profissionais de psicologia para jovens agredidos e agressores, uma vez que ambos possuem problemas individuais de identidade, com o fito de cura males mentais que os atinge. Ademais, é importante que a Delegacia Eletrônica intensifique a fiscalização de ciberbullying e desenvolva incentivos aos espectadores desse crime a fazer denuncias, por meio de campanhas nas próprias redes sociais, combatendo-o por vários ângulos da sociedade.