Enviada em: 04/06/2017

Com a popularização da internet, possível a partir da Revolução Tecnológica, as interações no meio virtual tornaram-se mais intensas. O amplo acesso a essas redes, entretanto, desencadeou uma série de crimes de ódio e cyberbullying. Fatores de caráter educacional, bem como político, caracterizam o dilema dessa nova era digital.     É importante pontuar, de início, a negligência acadêmica acerca do uso consciente desses novos mecanismos de interação. À guisa de Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, e as escolas brasileiras falham no ensino aplicado. A omissão das instituições na conscientização da juventude sobre o comportamento online fomenta a perpetuação do cyberbullying. Tal fato pode ser ratificado pela predominância de adolescentes nos casos de assédio nas redes, segundo o site Jus Brasil.    Outrossim, tem-se a falta de punições mais rígidas aos crimes cometidos nos meios virtuais. O Código Penal  Brasileiro prevê o pagamento de indenizações ou prisões aos infratores, essas medidas, porém, são ineficientes no combate aos delitos em questão. Como reflexo disso, os comentários racistas no perfil da jornalista Maju Coutinho expõem o sentimento de impunidade dos criminosos quanto a suas infrações online.    É inegável, portanto, a relevância de fatores educacionais e políticos na problemática supracitada. Nesse viés, é dever das escolas, em consonância com as ONGs da área, orientar a população acerca do uso escrupuloso das redes sociais. Tal prática deve ocorrer por meio de palestras e debates nas salas de aula, a fim de minimizar comportamentos preconceituosos nos meios digitais. Ademais, cabe ao Estado, por intermédio dos órgãos responsáveis, promover mudanças nas punições aos crimes de ódio na internet. A ideia é, a partir de medidas socio-educativas, inibir esse fenômeno no país. Por fim, é necessário que a mídia, enquanto difusora da informação, realize campanhas de conscientização. Essa proposta deve contar com chamadas nos veículos de comunicação, para promover a tolerância e harmonia nas redes.