Enviada em: 11/09/2017

O advento da internet contribuiu positivamente no mundo globalizado, na qual houve otimização da relação espaço-tempo, dinamização da informação, entre outros. Entretanto, aspectos negativos também devem ser considerados com o marco da era virtual. Ao contrário do bullying, o cyberbullying não consiste em contato pessoal, tendo em vista que as agressões são feitas virtualmente, e por isso é comumente visto como menos danoso, apesar de possuir consequências tão ou mais graves quanto as do bullying. O fato das agressões serem feitas por portais virtuais contribui no anonimato do agressor, além da associação das redes sociais a um lugar sem leis, e, portanto, sem punição.        Vale ressaltar que, a internet permite a criação de milhares de perfis diariamente, sejam verdadeiros ou não. Desse modo, a identidade oculta ou falsa, permite ao agressor a propagação de calúnias, difamação, preconceito ou discriminação, sem que ao menos a vítima saiba identificar o ponto de partida das agressões. Somado a isso, o fato do mundo online possibilitar a diminuição da relação espaço-tempo, contribui no compartilhamento de conteúdos pejorativos à vítima em tempo real, o que confirma a tese do cyberbullying possuir alto poder de disseminação, potencializando o problema em questão.        Ademais, é frequente a associação das redes sociais à impunidade, haja vista as milhares de informações e opiniões que são divulgadas e compartilhadas diariamente, sem que haja um monitoramento por órgãos responsáveis. Por conseguinte, o sentimento de impunidade encoraja o praticante do cyberbullying a cometer cada vez mais agressões, já que enxerga na internet um portal de disseminação indiscriminado. Essa propagação contínua e não monitorada desestimula cada vez mais a vítima à tomar atitudes a respeito, tendo em vista a dificuldade em conter a difusão do conteúdo no mundo virtual.        Fica claro, portanto, que o cyberbullying é uma grande questão social do Brasil e que necessita de soluções para o seu combate. Uma forma eficaz é a aprimoração de leis por parte do Governo Federal, garantindo que mais fiscalizações e punições sejam feitas pelos responsáveis das principais redes sociais, além de maior monitoramento de perfis falsos ou ocultos. Outrossim, a escola possui papel importante no processo de formação de crianças e adolescentes, na qual palestras educativas acerca do assunto são necessárias, pois como dito por Pitágoras, se as crianças forem educadas, não será necessário castigar os homens. Nesse sentido, a sociedade se faz necessária no não compartilhamento de conteúdos recebidos por terceiros que tenha por objetivo denegrir alguém.