Enviada em: 26/09/2017

A internet veio como ferramenta essencial para facilitar as relações sociais. Criada como mecanismo de comunicação do governo americano, essa popularizou-se entre as pessoas, servindo como pilar para a construção de relacionamentos diversos, de profissionais a amorosos. Entretanto, o espaço cibernético também tem papel adverso na sociedade, ao permitir que atitudes agressivas sejam cometidas, muitas vezes, sem punições. Como combater esta realidade que implica na harmonia?   Primeiramente, é evidente o crescimento de crimes cibernéticos no Brasil e no mundo. Ataques racistas, misóginos, homofóbicos e delitos de assédio tiveram crescimentos substanciais nos últimos anos, a partir da facilidade de acesso à internet. A exemplo, em Minas Gerais, o número de casos de ameaças e estupros virtuais aumentaram 12% em 2017, sendo as vítimas constrangidas e abusadas através de fotos íntimas enviadas.   Ademais, a fiscalização é precária, favorecendo a prática de infrações no ambiente virtual. Existem poucas delegacias especializadas em crimes cibernéticos,sendo que, muitas vezes, um único ponto de atendimento abrange todo um estado. Logo, há uma dificuldade em coordenar ações preventivas por parte dos órgãos competentes, que já estão saturados com ações criminosas já efetuadas. Esta falta de funcionários capazes de localizar e prevenir atos de violência na internet contribui para a manutenção da problemática.   Diante desse grave cenário é possível compreender que crimes virtuais estão se multiplicando e devem, portanto, ser combatidos. É função do Ministério da Justiça a criação e ampliação de delegacias e outros departamentos especializados em casos de transgressões cibernéticas, para que estes consigam efetuar operações preventivas em redes sociais e outros espaços da internet. Cabe, às escolas, o ensino de informática consciente, para que os alunos entendam o quão grave é esse tipo de violência e reportem aos seus responsáveis qualquer ato suspeito, permitindo assim, que tais atitudes sejam erradicadas.