Enviada em: 27/09/2017

O filme Nerve, lançado em 2016, retrata como a anonimidade dos usuários da internet se torma ferramenta para o cometimento de crimes. Embora o avanço tecnológico proporcione benefícios - desde disseminação de conhecimento e informações até o fortalecimento de laços sociais -, a popularidade e fácil acesso à rede facilita o discurso de ódio, cyberbullying e crimes virtuais. Dessa forma, deve-se analizar como a facilidade de acesso e a omissão da identidade real causam o aumento da criminalidade virtual.       Apesar de ter sido desenvolvida durante a Guerra Fria, a internet se tornou popular recentemente, a partir do ano 2000. Dessa forma, aos poucos, a rede se tornou uma expansão do ambiente real, consequentemente, um novo local para a criminalidade. Por exemplo, o bullying cometido no ambiente escolar agora se expande para a rede: seja por mensagens privadas ou exposição de fotos com comentários depreciativos.       Ademais, a identidade pessoal em redes sociais, fóruns e blogs é omitida na forma de "username" - apelido que será visualizado e pelo qual o usuário será reconhecido -. Embora a perícia criminal consiga identificar a fonte do crime, o processo é difícil, lento e caro, sendo utilizado apenas em casos extremos como pedofilia ou incentivo ao suicídio. Dessa maneira, o medo de ser identificado é menor, desinibindo usuários em frente ao comportamento de teor criminal.       Portanto, a internet se tornou local hostil e criminoso, necessitando de intervenções. Deve-se aumentar a fisalização de redes sociais e fóruns pelos próprios administradores, aliados ao usuários, para que conteúdos depreciativos sejam excluídos ou impedidos de serem publicados. Além disso, o Governo Federal, a partir da perícia criminal, deve punir devidamente aqueles que cometem crimes virtuais, destruindo a ilusão de anonimidade e alertando sobre a punição à possiveis criminosos. Assim, gradativamente, será possível controlar a criminalidade virtual.