Enviada em: 29/09/2017

No ínterim da guerra fria, Estados Unidos e União Soviética disputaram a hegemonia mundial. Nesse cenário, pesquisas militares, referentes ao campo das comunicações, proporcionaram a invenção da internet Hodiernamente, a célere troca de informações, entre os usuários das redes, intensifica os crimes de cyberbullying, visto que malfeitores sentem-se seguros para atuar dolosamente na esfera virtual.    Cabe salientar, em primeira instância, a falsa sensação de impunidade na internet.Tal deficiência é motivada pela falta de rigor nas sanções contra crimes virtuais. Por conseguinte, embora a lei anti-bullying tenha entrado em vigor no Brasil,em 2016, cresce cada vez mais o número de pessoas que cometem atos de racismo, homofobia, misoginia e exposição de conteúdos íntimos de terceiros nas redes sociais. Prova disso são os dados da Safernet que denotam um aumento de 500% no índice de denúncias  de cyberbullying entre 2012 e 2014 .     Além disso, contas fakes são utilizadas para propagar o cyberbullying. Parafraseando a solidão estrutural de Hamlet- dramaturgia de Shakespeare -a diversidade,característica da modernidade, intensifica a solidão humana, uma vez que as relações sólidas tornaram-se escassas. Dessa forma, indivíduos intolerantes utilizam-se  do anonimato para conseguir atenção através de atos violentos nas redes. Por conseguinte, cresce o número de vítimas com depressão, distúrbios psicológicos e comportamentais.     É imprescindível, portanto, que a rede não seja mais um ambiente favorável aos crimes contra a honra. Para tal, é necessário que as escolas ensinem a educação digital, por meio de projetos que capacitem os professores a fomentar debates entre os alunos de modo  que, esses exponham suas opiniões sobre o tema. Ademais, o poder Legislativo deve promover sanções mais severas contra o cyberbullying além de instituir leis que acelerem o processo de identificação dos agressores que utilizam o  anonimato. Por fim, cabe aos pais ensinar a tolerância bem como monitorar seus filhos nas redes sociais, através de aplicativos como o Norton Family.