Enviada em: 16/10/2017

Como retrata o filme "A Rede Social", a ideia da criação do Facebook foi derivada de uma prática de cyberbullying do fundador desta rede com sua ex-namorada. Nesse contexto, é imprescindível analisar como a sociedade dialoga com a internet, e a sensação do pseudo-anonimato de seus usuários corroboram para a disseminação de crimes de ódio nessa plataforma.       Antes de tudo, é necessário apontar a relação que a população tem com a internet, onde problemas como bullying virtual são reflexos ainda de impasses que acontecem fora das redes. A violência e a intolerância da sociedade atual é transmitida para a web e, devido à globalização das informações, aumenta a amplitude do problema. Dessa forma, causado pelo encontro de pessoas com o mesmo pensamento de ódio, o que determina certa legitimidade para as pessoas que compartilham de tal concepção odiosa.       Ademais, a percepção equivocada de que a internet é um local sem regras e sem leis, favorece a propagação de discursos de ódio. Dessa maneira, muitos adeptos à ideias racistas, machistas, homofóbicas e de outros tipos de preconceitos se sentem livres para expressar sua repulsão contra outras pessoas. Prova disso, foi o movimento neonazista nos Estados Unidos em 2017, que teve sua mobilização viabilizada pelas redes sociais.       Mediante os fatos elencados, fica claro como as relações sociais fora das redes e a noção de anonimato ratificam o problema na internet. Nesse sentido, cabe ao Poder Legislativo, em consonância com o Judiciário, aumentar a pena e a multa dos criminosos que, de alguma forma compactuaram com discursos de ódio na internet. Além de priorizar os julgamentos de crimes relacionados ao cyberbullying, atitude hostil ainda tão presente no mundo.