Enviada em: 31/10/2017

A partir da Era Digital, no século XX, houve um avanço nos meios tecnológicos e de comunicação. Concomitante, em 1991, a internet surgiu para facilitar o sistema globalizado. Entretanto, nem sempre ela é usada de maneira correta, respeitando os direitos humanos, o que atualmente vem sendo um grande problema, principalmente, entre os jovens. Por isso é de extrema importância levar em conta os aspectos sociais e psicológicos.      Após o advento da internet, a primeira rede social foi criada em 1995, a ClassMates, por um norte-americano. Assim, abriram-se caminhos para diversos aplicativos de comunicação existentes hoje, os quais fazem parte recorrentemente na vida dos jovens. Esse contato com o mundo virtual impulsiona, cada vez mais, o Ciberbullying, ou seja, a violência virtual através de insultos, calúnias, difamação, discriminação e do crime de ódio. Desse modo, é perceptível o quanto a internet reflete as questões sociais da sociedade frente ao desrespeito, a intolerância e ao ódio.      Além disso, é fundamental mencionar que a falta de denúncias incentiva fortemente o crescimento do número de agressões virtuais, tanto moral como psicológica. Sendo assim, o caso real da Baleia Azul, o misterioso jogo que escancarou o tabu do suicídio juvenil, que aumentou em 26% desde 1980, retrata explicitamente o Ciberbullying. Esses acontecimentos são consequências de fatores psicológicos, como a depressão, que é um assunto de grande preocupação social entre os jovens, gerado por uma série de fatores sociais: a insatisfação pessoal e estética, muitas vezes, devido ao padrão ''ideal'' estabelecido pela mídia e pelos próprios indivíduos; ou até mesmo, o preconceito por parte de grupos que oprimem convicções, ideais e etnias divergentes das suas.      Pode-se afirmar que é fundamental a conscientização social dos cidadãos para lidar com os crimes virtuais recorrentes da internet. A fim de combater essas violações, o poder Legislativo deveria reforçar a aplicação do Código Penal Brasileiro através de punições mais rígidas e de uma maior fiscalização sobre os meios digitais. Aliás, o Ministério da Saúde deve tratar a depressão como problema de saúde pública. Sendo necessária uma atenção maior sobre os jovens através de campanhas de apoio e de consultórios de rua que os avaliem e ofereçam informações necessárias para instruí-los sobre essa doença. Ademais, a escola tem um papel essencial na conscientização dos seus alunos, por meio de debates, palestras e, principalmente, por meio de incentivos às denúncias como forma de proteção, pois, em muitos casos, eles não sabem lidar com esse tipo de violência devido a falta de informações. Por isso é indispensável uma maior atenção por parte da sociedade com os jovens e com os meios digitais.