Enviada em: 01/11/2017

É possível afirmar que com o avanço da tecnologia na Guerra Fria, a internet virou o eixo da sociedade contemporânea e, infelizmente, possibilitou que não só benefícios se desenvolvessem, mas também grandes malefícios. Como no caso do cyberbullying e crimes de ódio na internet, que têm atingido proporções assustadoras em todo o mundo. Dessa forma, faz-se necessário entender o pretexto das afrontas constantes e também, os sofrimentos psicológicos enfrentados pelas vítimas na rede virtual para encontrar possíveis soluções.        No começo do ano, com a repercussão da série "13 Reasons Why", veio à tona novamente a importância do debate sobre o bullying. Pois, ao sofrer intimidações contínuas, a personagem principal resolveu se suicidar por não aguentar mais a pressão dos colegas. À vista disso, é perceptível que os agressores costumam acreditar que não têm responsabilidades sobre suas ações e ofendem pessoas sem razões evidentes. Ademais, pela internet ser um meio que viabiliza o anonimato, o cyberbullying é configurado através de críticas hostis sem culpados. Com isso, devido à maioria dos casos ocorrerem na adolescência, nota-se que alguns jovens abusam da liberdade virtual para enfraquecer outros, a fim de afirmarem - de maneira errada - suas identidades.        Também faz-se essencial salientar que, no geral, vítimas de crimes de ódio são mais suscetíveis a desenvolver doenças mentais. Uma pesquisa realizada pelo British Medical Journal em 2015, revelou que um terço dos casos de depressão em jovens de 18 anos está ligado à injúrias sofridas na adolescência. Sendo assim, com o recente desdobramento do problema na considerada "terra sem lei", é muito provável que esses dados sejam mais alarmantes num futuro próximo. Desse modo, a dificuldade enfrentada pelas autoridades em fiscalizar e penalizar infratores no mundo virtual efetivamente, acarreta em diversas disfunções no mundo físico, as quais afetam o funcionamento de toda a sociedade. Logo, não é certo que nada seja feito para combater a situação.       Dessarte, são fundamentais medidas governamentais para resolver o impasse. Nesse sentido, cabe ao Estado usar as instituições escolares para promover projetos informacionais à respeito da seriedade do assunto para os alunos, pais e professores por meio de palestras de conscientização e incentivo à denúncias. Pois, se os responsáveis forem notificados através das próprias vítimas ou de seus colegas sobre casos de cyberbullying e crimes de ódio, os agressores podem ser identificados e penalizados de maneira exigida. Consequentemente, haverá uma diminuição dos ataques em rede e dos resultados negativos que tanto prejudicam a sociedade e transformam a internet em vilã.