Enviada em: 28/05/2019

A internet de alta velocidade surgiu como um facilitador para a vida de muitas pessoas, porém dificultou a capacidade cognitiva de vários indivíduos que não sabem lidar com tanta informação. Nessa direção, a rede pode levar conhecimento para diversos lugares antes alienados, mas ao mesmo tempo pode limitar o senso crítico individual.     Nas primeiras décadas do século XX, era necessário vasculhar bibliotecas empoeiradas com livros ultrapassados para fazer uma pesquisa sobre determinado assunto. Hoje, com apenas um clique na tela de um celular é possível saber como tocar um instrumento musical ou até mesmo a lista dos imperadores romanos. Assim, as pessoas estão com acesso a uma quantidade de informações em uma hora que os ancestrais demorariam anos para descobrir. Porém, a qualidade de processamento dessa geração parece ter diminuído, isso porque não se lê mais como antigamente. Segundo dados do IBGE, o brasileiro lê em média 3 livros por ano.     Dessa maneira, o cidadão não tem paciência para ler uma simples notícia na internet, contenta-se com a manchete. Isso porque a mente do indivíduo fica preguiçosa e busca gratificação instantânea a cada clique, sem esforço para ter uma maior autonomia do pensamento ao refletir sobre o que lê. Assim, como disse o escritor português Antônio Lobo: "Um povo que lê nunca será um povo escravo". Então, é necessário um maior engajamento coletivo na leitura para que se possa ter um senso crítico individual, livre de manipulações.     Portanto, é essencial que os indivíduos leiam mais e reflitam sobre variados assuntos que vêem na internet. Logo, cabe à sociedade civil, através de ONGs, criar campanhas em redes sociais, por meio de postagens e anúncios, sobre planos de leitura e propostas de reflexão acerca de variados assuntos da sociedade para que cada um tenha um pensamento próprio.