Enviada em: 01/06/2019

A distopia Fahrenheit 451 retrata uma sociedade totalitária no quesito racionalismo, onde opcionalmente a reflexão caminha para escassez, contudo, felizmente ainda existem indivíduos céticos e que não se enquadram na massa. Em meados do século XXI, é possível fazer ligações com esse romance atemporal, pois vivemos numa era tecnológica, onde ceticismo não é tão relevante quanto enxurradas informacionais.  Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, vivemos em uma sociedade marcada pela liquidez, onde ser bombardeado por informações de todos os cantos, tornou-se mais importante que possuir um conhecimento sólido, onde vínculos podem ser quebrados a um clique no Smartphone, indivíduos que se preocupavam com a privatização da vida, hoje confundem o conceito de público e privado, ou seja, a forma como definimos determinada coisa ontem, amanhã poderá ter valor algum. O que é preocupante! Uma vez que é a maneira que nos relacionamos e pensamos que moldará a futura sociedade.   O meio no qual a massa e as exceções se comportam neste mundo contemporâneo, remete ao mito da caverna de Platão, onde viver na zona de conforto é mais confortante, afinal, tudo que não é familiar é temível. Contudo, segundo Ray Bradbury, escritor de Fahrenheit 451, “ a digressão é a alma do intelecto. ”   Mediante o exposto, é importante enfatizar que a internet é uma ferramenta extremamente eficiente e não deve ser vista como inimiga e muito menos impedida, mas é a forma como utiliza-se, que deve ser revista. Portanto, cabe a cada indivíduo a consciência de selecionar a suas escolhas, atentando – se as suas relevâncias, cabe a cada responsável o monitoramento de uso dos seus jovens e além de tudo, campanhas de conscientização governamentais poderiam fazer a diferença. Por fim, quando a sociedade estiver unida em busca do conhecimento, então, estaremos prontos para enfim evoluir para um próximo nível.