Enviada em: 06/06/2019

Segundo as ideias do sociólogo Habermas, os meios de comunicação são fundamentais para a razão comunicativa. Visto isso, é possível mencionar que a internet é essencial para o desenvolvimento da sociedade. Entretanto, a maneira como a população vem utilizando o meio virtual é alarmante, muitas vezes, esse comportamento pode levar à compulsão e dependência simultaneamente à falta de reflexão e discernimento nas redes. Isso ocorre devido às falhas de políticas públicas do Governo, e à ausência de grande parte da sociedade.             Historicamente, a internet surgiu no contexto da Guerra Fria com objetivos meramente políticos. No entanto, com a evolução das tecnologias o meio virtual tornou-se acessível ao redor do mundo. Desse modo, as redes de comunicação facilitaram o alcance das informações em tempo recorde. Apesar disso, o uso exagerado da internet está reduzindo a capacidade de pensar do ser humano. De acordo com o escritor Nicholar Carr, é muito comum o indivíduo conectado ao meio virtual lidar com múltiplas funções como, estar 'online' em diversos sites e recebendo mensagens ao mesmo tempo. Isso desenvolve um novo tipo de intelecto, mais superficial e inexpressivo o que constitui o advento de uma sociedade alienada ao conhecimento profundo e generalista.       O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou uma pesquisa a qual mostra que dois terços da população (70%) do país possui conexão com a internet. Entretanto, grande parte dos cidadãos não tem consciência da importância da utilização, de forma correta, da internet. Relacionado a isso, encontra-se um distúrbio contemporâneo chamado: compulsão tecnológica. Este é comparado com vícios em álcool e drogas. Cerca de 280 milhões de pessoas no mundo estão viciadas em 'smartphones', segundo análise da empresa Flurry.  Isso ocorre devido a carência de políticas públicas que auxiliem o indivíduo a 'nagevar' no meio virtual de modo controlado, equilibrado e coerente.       Portanto, cabe aos Estados, por meio de leis e investimentos, estabelecer políticas públicas efetivas que ajudem os cidadãos a fazer uso correto da internet, recorrendo a oficinas, palestras e consultas com profissionais especializados como, psicólogos e psiquiatras. É necessário, ainda, que instituições educacionais promovam campanhas de conscientização sobre a falta de reflexão, raciocínio e estagnação intelectual no meio virtual, por meio de discussões engajadas sobre a importância de saber usar de maneira cautelosa a internet, com o intuito de utiliza-lá para o desenvolvimento da sociedade.