A Terceira Revolução Industrial, também chamada de Revolução da Informação, foi um marco para o início da democratização da informação, no entanto, a internet, símbolo dessa revolução, restringiu a capacidade de reflexão, uma vez que as crianças e os adolescentes estão mais propensos a serem alienados devido a falta de um senso crítico desenvolvido e supervisão dos pais. Dessa forma, urge a necessidade de discussão sobre essa problemática. Em primeiro lugar, o psicólogo Jean Piaget apresenta um conceito muito importante relacionado com o desenvolvimento infantil do ser humano chamado de “assimilação” pelo qual as ideias, pessoas, costumes são incorporadas à atividade do sujeito. Sob tal ótica, as crianças e os adolescentes estariam suscetíveis a qualquer influência externa, inclusive, a internet, meio da qual já faz parte da vida delas no século XXI. Dessa maneira, vale ressaltar que a influência da internet exercida sobre eles promove indivíduos alienados e sem capacidade de reflexão, não é raro os vários discursos de ódio e formação de bolhas sociais nas redes virtuais de comunicação, por conseguinte, há necessidade do desenvolvimento de um senso crítico nessa fase da vida do ser humano. Em segundo lugar, conforme o filósofo Immanuel Kant, o homem seria aquilo que a educação faz dele, portanto, a participação dos pais na vida dos seus filhos é de extrema importância para a formação humanística destes, ainda mais quando trata-se da vida virtual, pois como apresentado pelo Jean Piaget, as crianças estão em fase de desenvolvimento e os pais são uma influência externa positiva. Ademais, a internet apresenta uma gama de conteúdos muito complexa, às vezes, imprópria, para a compreensão das crianças, portanto, a vigilância dos pais faz-se necessária. Enfim, é mister que o Estado tome providências para melhorar o quadro atual. O Ministério da Educação deve promover reuniões com os pais nas escolas para incentivá-los a estarem mais presente na vida dos seus filhos e vigiar as ações destes na internet. Outrossim, as escolas, em parceria com as famílias, devem inserir a discussão sobre esse tema tanto no ambiente doméstico quanto no estudantil, por intermédio de palestrantes, com a participação de psicólogos e especialistas, que debatam acerca de como a internet restringe a capacidade de reflexão, com o objetivo de desenvolver jovens conscientes e críticos. Feito isso, estaremos criando uma nova revolução que amplia a capacidade de reflexão na era da informação.