Enviada em: 09/06/2019

A reflexão é uma análise detalhada sobre um determinado assunto, sobre si próprio ou sobre algum problema e sentimento. Assim, a reflexão ajuda o indivíduo a não agir impulsivamente e isso é o que falta para muitos usuários da internet: uma reflexão sobre o que se publica nas redes. Semanalmente, há uma notícia sobre publicações indevidas nas redes sociais. Por exemplo, nesse mês, Neymar expôs conversas íntimas com uma modelo, uma tentativa de se defender de acusações de estupro. Essa atitude do jogador de futebol foi a julgamento para se analisar se houve um crime cibernético. A despeito do desfecho desse caso, crimes cibernéticos geram constrangimento, ofensa e invasão de privacidade e é consequência de atitudes impulsivas movidas por ressentimentos ou por pura irresponsabilidade e falta de empatia. No entanto, esse tipo de divulgação sem consentimento das partes envolvidas é considerado crime pela Lei Carolina Dieckmann que entrou em vigor em 2013. Além disso, crimes preconceituosos (raciais, xenófobos, homofóbicos) acontecem diariamente nas mídias sociais por pessoas que se esquecem que suas mensagens são propagadas por meio virtual, porém, as pessoas que leem aquele conteúdo são reais. Por exemplo, em 2015, a jornalista apresentadora do tempo, Maju, do Jornal Nacional, teve comentários agressivos e racistas em sua foto e isso gerou uma campanha de solidariedade por parte de vários artistas e internautas os quais publicavam fotos com a hashtag: somos todos Maju. Porém, esses crimes podem ser denunciados na Central Nacional de Denúncias e Crimes Cibernéticos, ou seja, há consequências para o que se divulga e escreve nas redes sociais. Diante do exposto, já há leis que imputam penalidades como detenção e multa para os crimes cibernéticos. Porém, também é preciso que os infratores reflitam sobre as consequências de suas publicações. Para isso, o Ministério da Educação mais o Ministério da Justiça devem promover saraus e palestras com temas sobre combate a preconceitos e a crimes cibernéticos e os condenados por esses crimes serão obrigados a participar desses encontros para serem reeducados socialmente. Assim, professores sociólogos, filósofos por meio de filmes como a Lista de Schindler, livros como Capitães da Areia e relatos de vítimas de crimes virtuais, conduzirão um debate reflexivo para  conscientizar sobre preconceitos e crimes cibernéticos.