Enviada em: 20/07/2019

Com o passar dos anos, a humanidade foi se desenvolvendo e passamos à chamada: Revolução da Internet, que celebra o marco da Era do Conhecimento. Nunca o homem teve tanto acesso à informação como na atualidade, em contraponto com um passado remoto, em que somente algumas poucas pessoas tinham acesso ao conhecimento por meio de livros. Contudo, nunca também o homem foi tão supérfluo e raso em suas faculdades mentais, o que aponta para a formação de uma nova identidade. Nesse sentido, cabe avaliar os caminhos pelos quais percorre esse "novo" homem. Primeiramente, percebe-se essa mudança no ser humano ao se analisar a forma como a comunicação tem se dado, que é, diga-se de passagem, com pouco conteúdo. Segundo o blog Jetimob, as redes sociais digitais devem ser repensadas quanto ao seu uso consciente e estratégico, principalmente por profissionais. Diante do exposto, pode-se depreender que a internet se mostra como um ambiente em que a comunicação é articulada para o convencimento do outro, seja de uma ideia, de um produto ou até de um estilo de vida. Assim, a informação transmitida preza muito mais pela persuasão, em detrimento da formação, no indivíduo, de um senso crítico e da construção de uma pessoa melhor. Outrossim, ainda sobre esse indivíduo da atualidade, analisamos a superficialidade de seu conhecimento, bem como sua baixa capacidade de abstração. O filósofo francês René Descartes ilustra essa abordagem com a célebre frase: "Penso, logo existo." Portanto, percebe-se a importância atribuída ao ato de pensar, ou seja, refletir sobre a vida, que acaba por trazer sentido à existência humana. Com uma elevada carga de informação, o homem passou a ter dificuldades para formar conexões entre os conhecimentos já obtidos. Logo, com uma reduzida capacidade de pensar e refletir, que gera momentos de criação, e que é uma verdadeira combinação entre o existente e as percepções individuais sobre a vida, o homem se tornou estéril, não passando de um mero receptáculo de informação. Portanto, certamente, medidas são necessárias para resolver o problema. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações poderia organizar um congresso anual sobre a internet. Esse evento, presencial, seria sediado em um dos grandes centros urbanos do país. Poder-se-ia articular uma série de palestras com temas relevantes, dentre eles, o desenvolvimento da consciência sobre o uso da internet. Além do mais, alguns fóruns de discussão sobre assuntos polêmicos complementariam o rol de atividades. Por fim, o objetivo de trazer uma nova percepção sobre o contexto da sociedade e a Era do Conhecimento poderia ser atingido. Dessa forma, o Brasil poderia superar esse problema específico relacionado ao binômio: informação versus reflexão.