Enviada em: 02/08/2019

Inaugurado em 1944 o Quitandinha foi planejado para ser o maior hotel-cassino da América do Sul, visto que jogos de azar eram permitidos no Brasil. Todavia, atualmente a prática desses jogos é proibida, haja vista a problemática da corrupção, fraude e vícios advindos desse ramo. Nesse contexto, medidas políticas urgem, no fito de impedir que cassinos, bingos e de mais jogos de azar continuem em funcionamento clandestino no país.    Em primeira análise, deve-se pontuar que, de acordo com o site O Globo, a dependência da prática de jogos é a terceira maior no mundo, perdendo apenas para o álcool e tabaco. Sob essa ótica, nota-se que a legalização de jogos de azar poderia ainda exponenciar esse índice e, portanto, cresceria paralelamente o número de jogadores patológicos. Sendo assim, inúmeros cidadãos seriam vitimizados com o ciclo vicioso desses jogos e acomedidos por endividamentos, falências e desgastes psicológicos.    Além disso, convém ressaltar que em muitos desses locais insere-se uma sistemática fraudulenta, no qual o jogador já será induzido a perder, no intuito de garantir a lucratividade do local. Nesse viés, já afirmava Bauman sobre a liquidez das relaçoes humanas, visto que, em detrimento financeiro, os responsáveis pelos jogos de azar não impedem jogadores viciados de apostar seus patrimônios e valores exorbitantes. Logo, essa falta de empatia humana permite que situações como falência, suicícios, prostituição e homicícios, para pagamento das dívias, sejam recorrentes.    Diante dos fatos supracitados, é necessário que a União, junto ao Ministério da Justiça, arrecade maiores capitais do Produto Interno Bruto do país. Assim sendo, delegacias especializadas, em crimes relacionados a jogos de azar, serão criadas em todo território nacional. Outrossim, um disque denúncia exclusivo para esse setor criminal será disponibilizado para a população civil e, portanto, a interligação entre a sociedade e as delegacias será fundamental na descoberta de locais clandestinos. Logo, será possivel, a longo prazo, a redução da prática desses jogos e das mazelas sociais advindas do mesmo.