Enviada em: 27/02/2019

Juscelino Kubitschek governou o Brasil entre as décadas de 50 e 60. No período em questão, ao compreender o advento do desenvolvimentismo, política econômica da época, percebe-se a estimulação fiscal que culminou na vinda de fábricas automobilísticas ao país. Nesse viés, é notório o crescente número de automóveis ao longo dos anos nas terras tupiniquins, fato esse que tornou a mobilidade urbana um problema, o qual tem suas raízes na mídia e na falta de planejamento estatal.                Com efeito, de acordo com a Teoria Crítica, proposta por Theodor Adorno, expoente da Escola de Frankfurt, a indústria cultural é capaz de criar um padrão de consumo na sociedade. Consoante ao disposto, ao analisar a existência cada vez mais presente de carros nas vias brasileiras, é possível evidenciar o papel da mídia nesse cenário, visto que filmes e propagandas retratam a obtenção de um automóvel como um marco social. Por conseguinte, o problema é ainda mais expressivo nas novas gerações, por essas serem as maiores consumidoras desse novo padrão cultural.                   Outrossim, Thomas Hobbes, filósofo contratualista, criou a tese de que o Estado de Natureza do homem seria o caos e a violência. Em conformidade a isso, a falta de ações estatais no planejamento urbano como um todo, permite que o modo caótico determine a população, evidenciado pelo fato de que essa se sente insegura ao utilizar transportes públicos, como ônibus e metrôs. Nessa perspectiva, ao observar que os meios coletivos ocupam menos espaço nas vias públicas e que emitem uma menor taxa de gases estufa advindos dos combustíveis fósseis, esses são considerados a forma mais benéfica de locomoção do corpo social.                         Destarte, diante dos fatos expostos, é notória a necessidade de difundir informação e de uma reforma urbana. Dessa forma, é dever dos Ministérios da Educação e dos Transportes, a promoção de palestras no âmbito escolar e virtual, com transmissões ao vivo, com fito de amenizar o preconceito com os meios coletivos, as quais discorram acerca dos benefícios dos transportes públicos, adentrando no tema da sustentabilidade e realizadas por professores e agentes de trânsito. Além disso, é preciso que o Governo Estatal fiscalize com mais rigidez e cautela as empresas privadas de transportes, promovendo maior segurança e conforto. Assim, é possível mitigar o problema e afastar-se da população automobilística sonhada por J.K. .