Enviada em: 03/03/2019

O auge das frotas de automóveis no Brasil ocorreu na década de 50, quando o então presidente Juscelino Kubitschek, implementou as fabricações locais, um dos alicerces do seu plano de governo, que prometia o progresso de ¨50 anos em 5¨, com foco no desenvolvimento do transporte e da industria. Hordiernamente, percebe-se os reflexos dessas ações, com a problemática do caos na mobilidade urbana, seja pela dependencia extrema das rodovias, ou pela pela mentalidade ainda atrasada da sociedade em relação aos automóveis.       O Brasil, atualmente, é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros, entre as principais economias mundiais, segundo afirma dados do Banco Mundial. Desta forma, acaba havendo uma grande dependência desse setor, e por consequência, influencia diretamente na mobilidade urbana do país, gerando engarrafamentos, poluição e acidentes, o que torna a eficiência dos transportes públicos um grande desafio.       ¨De nada adianta aumentar estradas, construir pontes, abrir mais espaço. Só existe uma maneira de evitar congestionamento: restringindo o uso de carros¨. A afirmação de Enrique Peñalosa, ex - prefeito de Bogotá, reflete sobre o ¨paradigma do automóvel¨, uma mentalidade da sociedade, em que coloca-se o transporte individual como prioridade, é o que ocorre no Brasil atualmente, com a superlotação de carros.       Portanto, é indubitável a importância de adotar medidas para melhorar a mobilidade urbana no Brasil. Sendo assim, cabe ao governo reduzir as tarífas dos transportes públicos e amplia-los, com a implantação de veiculos sobre trilhos, ciclovias e áreas para pedestres, as prefeituras podem disponibilizar pontos para aluguel de bicicletas e carros elétricos para a população, por meio de um breve cadastro, como já ocorre em algumas cidades. É fundamental que o Ministério da Educação, elabore junto as escolas, palestras e atividades sobre a importância da utilização do transporte público, de modo a incentivar e coletivizar esse pensamento.