Enviada em: 03/03/2019

Em meados da década de sessenta, pensando no desenvolvimento econômico da nação, e motivado pelo capital automobilístico internacional, o modelo rodoviário de Juscelino Kubistchek foi posto a prática, No entanto, por não ter tido o planejamento devido, e faltar com políticas de investimento constante, instaurou-se no país uma completa desordem quanto a mobilidade urbana, devido ao grande inchaço nas novas frotas veiculares e crescimento populacional. No contexto atual, é notável que a falta de dinâmica das cidades, gerou como consequência uma locomoção precária para os indivíduos, e também deficiência de logística quanto aos meios de transporte automotores. A urbanização no Brasil por possuir políticas ineficazes quanto a projetos e construção dos centros fez com que houvesse um crescimento desordenado. Além disso, a situação de um único modo veicular monopolizar o transporte urbano prejudicou ainda mais a livre circulação da população, pois havendo um número excessivo de automóveis tanto particulares quanto coletivos públicos, e a falta de outras formas alternativas de locomoção, muitas vezes fere o direito de ir e vir, previsto no artigo quinto da Constituição Federal, ao se observar tamanha quantidade de engarrafamentos ocorridos todos os dias nas metrópoles. Ainda tendo em vista o descaso para com o planejamento e diretrizes de demarcação de ruas, o tráfego de indivíduos dentro das cidades é dificultado, por calçadas estreitas e ruas constantemente defasadas que fogem aos olhos do conserto necessário. A problemática do transporte segue mais a fundo quando se observa-se as consequências físicas, psicológicas e sociais causadas ao indivíduo. O aumento do estresse devido às inúmeras horas paradas no trânsito, a diminuição no tempo de contato familiar, a exclusão de pessoas com deficiência física, devido à dificuldade de se locomover, causando em alguns casos enclausuramento dos mesmos, são fatos que preocupam por apresentar um crescimento no decorrer dos anos. Também se percebe o grande número de acidentes automobilísticos, cerca de quarenta e uma mil pessoas em 2013, de acordo com a OMS. Pode-se afirmar que majoritariamente, os problemas vistos acontecem devido a negligência do Estatal, como afirma o sociólogo Charles Mills Ao analisar os fatos, assegurar direitos como o de ir e vir e promover projetos de atualização dos pavimentos urbanos é de extrema importância para a não ocorrência de um colapso na mobilidade. Desse modo é papel do Governo por meio do Ministério dos Transportes incentivar a população, por meio de campanhas, a utilizar os meios de transportes públicos e uso de ciclovias, visando à diminuição do tráfego, e além disso fiscalizar projetos já instaurados. A população por sua vez tem a responsabilidade de seguir e respeitar projetos já em ativa como o “rodízio de placas”, e buscar optar por uma locomoção mais sustentável, como ir a pé em destinos próximos, ou uso da carona solidária, aplicação já em ativa