Enviada em: 09/03/2019

Para o urbanista e ex-prefeito de Bogotá, Henrique Peñalosa, uma boa cidade não é aquela que pessoas pobres andam em carros, mas que pessoas ricas andam de ônibus. Nesse sentido, as principais metrópoles do Brasil não parecem ser boas cidades, em razão da deficiente mobilidade urbana no pais, tanto em razão de políticas públicas frágeis, como por falta de informação à população sobre as consequências da opção pelo uso do transporte individual.     Embora, no ano de 20112, tenha sido instituída a Política Nacional de Mobilidade Urbana, muitas cidades brasileiras têm no transporte público um celeuma a ser resolvido. Pois aliado à falta de construção de metrôs, de aquisição de mais transportes coletivos, de planejamento arquitetônico voltado para a construção de ciclofaixas, ciclovias e inclusão de cadeirantes, têm-se observado um crescimento desenfreado das grandes cidades devido ao êxodo rural.       Além disso, o fomento do governo para compra de veículos novos, bem como a ascensão social da população, tem colaborado para o congestionamento nas grandes cidades, uma que vez que segundo o Departamento Nacional de Trânsito, nas cidades de Curitiba e Florianópolis há quase um veículo para cada dois habitantes. Bons exemplos de medidas na área, é a cidade de Bogotá, que é referência mundial no assunto, foi a compra de 200 ônibus híbridos, bem como Rio Branco, no Acre, que tem mais de 160 km de ciclovias para 300 mil habitantes.     Diante do Cenário, o governo brasileiro deve instituir políticas pontuais, como: construção de mais linhas de metrôs, ciclofaixas, teleféricos em cidades com morros, expandir projetos como o "vá de Bike", com estímulos para a população adquirir bicicletas, além de melhorar a qualidade do transporte público e garantir a inclusão de deficientes. A mídia tem de fazer campanha demonstrando os benefícios do "transporte limpo", assim como lideranças locais nutrir nas pessoas a busca por uso de transporte coletivos.