Durante a revolução industrial surgem modelos de produção como o fordismo, reflexo da necessidade de produzir-se mais e um dos responsáveis pela sobrecarga de estradas e consequente problemas quanto a mobilidade urbana. Embora o Brasil tenha uma industrialização tardia, a população já enfrenta grandes problemas para locomover-se nas grandes cidades, seja pela baixa qualidade do transporte público ou o crescente número de automóveis pessoais em circulação. Primordialmente tratando-se do transporte público, verifica-se as dificuldades encontradas por brasileiros de todo o território, seja o valor da passagem próximo a hora do salário mínimo ou o desconforto causado pela lotação. Tais problemáticas são agravadas quando trata-se do tempo gasto no trânsito, segundo a revista Exame em 2016 um morador de São Paulo usuário do transporte público gastava, em média, mais de 2 horas por dia para locomover-se até o trabalho e retornar para sua residência. Por conseguinte da baixa qualidade do serviço público, o cidadão busca alternativas para seu cotidiano como o uso de transporte por aplicativos, vide o crescimento do Uber, ou a compra de um automóvel próprio, gerando maior circulação de carros e por consequência engarrafamentos e piora da poluição do ar. Embora a prefeitura de São Paulo tenha propostas como o rodizio de placas no centro da cidade e a expansão de ciclovias, sua ineficácia prova a necessidade de mudanças no transporte público. Sendo a mobilidade urbana, problemática atual do Brasil, causada e agravada pela baixa qualidade do transporte público e o crescente número de automóveis particulares temos que, para mitigar tal situação, são necessárias mudanças no serviço público. É preciso que o governo e suas empresas contratadas aumentem a quantidade de metrôs e substituam seus ônibus por modelos menos poluentes através de novas clausulas para renovação de contratos e congelamento do preço da passagem tendo em vista a melhora do serviço e maior uso do mesmo em detrimento de transportes particulares.