Enviada em: 25/04/2019

"Governar é construir estradas". O pensamento de Washington Luís, ex-presidente do Brasil, retrata que, em tese, um bom governo e, por tabela, um país próspero se forma pela construção de estradas. Em tese. Isso porque, hordienamente, há a dificuldade de mobilidade coletiva no contexto urbano. Com isso, tal situação é o reflexo da organização precária em torno da cinesia urbana irrigada pelo núcleo estatal, e pela coletividade.  Essa insuficiência é causada, como vetor fundamental, por um mau planejamento das cidades pelo Estado. Para o sociólogo Zygmunt Bauman na sua teoria "Instituições Zumbi", órgãos de massa, entre elas o Estado, deixaram de cumprir suas obrigações sociais. Essa inoperância do aparato estatal, por conseguinte, corrobora a inércia de políticas fúteis para melhorar a mobilidade social, na medida que não criam meios de amenizar essa problemática. Ora, com um governo aquém à tal situação, o futuro encontra-se comprometido.  Outrossim, uma sociedade consumista consolida essa questão. Após o fim da Guerra Fria (1991) há a expansão capitalista, tendo como um dos seus principais símbolos, o carro. Deste modo, por ter se tornado um produto "popular", há o inchaço das cidades, fomentando para a sobrecarga dessas. Na verdade, buscar melhorar a mobilidade urbana, sem mudar o consumismo social, se configura uma falácia.  Refletir sobre a locomobilidade urbana se torna necessário. Urge que o Estado construa novas estadas com um bom planejamento, por intermédio da contratação de profissionais urbanísticos e que este planejamento corrobore novos modais de transportes, tais como bicicletas e ônibus, com o fito de melhorar a cinesia citadina. Ademais, é substancial que o núcleo familiar ensine seus filhos sobee a importância de usar modais de transporte alternativos, por meio de idas à cidade em ônibus, estimulando o uso de bicicletas, com o fito de criar adultos conscientes e por consequência diminuindo o inchaço urbano. Tais medidas farão a prosperidade seguir novas "estradas".