Enviada em: 12/05/2019

No plano desenvolvimentista do governo de Juscelino Kubitschek, houve a priorização da indústria automobilística, a fim de estabelecer o modal rodoviário como o principal do país. Mais adiante, em seu governo, o ex-presidente Lula reduziu os impostos sobre os veículos para aquecer a economia do Brasil. Contudo, tais implementações trouxeram impasses para a mobilidade urbana contemporânea do Brasil, visto que o aumento do número de carros individuais gera o caos nos grandes centros e, ainda, contribui para a deterioração do meio ambiente e bem estar da sociedade.       Conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), no período de 2002 a 2012, verificou-se um aumento de 120% nas frotas rodoviárias do país. Sendo assim, infere-se que esse grande número se dá, em sua maioria, pela precariedade do transporte coletivo que, por não suportar a demanda da população, faz com que esta dê preferência a carros particulares. Não obstante, o crescimento exponencial de carros contribui para os engarrafamentos nos grandes centros e para a queda da produtividade dos trabalhadores, dado que as horas em que a população passa presa nas avenidas dificultam o andamento dos seus serviços.       Outrossim, com o grande número de carros na sociedade, é importante ressaltar os riscos que eles proporcionam ao meio ambiente e à população. Nesse sentido, quanto mais carros nas ruas, mais gases poluentes são emitidos na atmosfera, logo, proporcionam à natureza o agravamento do aquecimento global. Todavia, esses riscos não estão ligados somente à atmosfera, mas também para a vida em sociedade, posto que além de poluir o ar e desencadear diversos riscos à saúde, como problemas no pulmão, percebe-se que a poluição sonora contribui para a formação de uma sociedade mais estressada.        Fica claro, portanto, que medidas cabíveis sejam tomadas, a fim de fornecer à população brasileira uma melhor eficiência em sua mobilidade. Dessa maneira, é imprescindível que os Governos Municipais promovam uma melhor qualidade para o transporte público, ao ampliar as frotas, linhas e veículos dos modais, pois, desta forma, haverá maior disponibilidade de transportes para atender o requerimento da população. Ademais, com a eficácia aplicada pelos municípios, cabe ao Governo Federal promover campanhas, por meio de propagandas televisivas em horário nobre, com o objetivo de incentivar o uso do transporte coletivo, para assim, diminuir o número de gases poluentes emitidos à atmosfera, uma vez que com o serviço de qualidade proposto, a população deixaria de usar seus veículos particulares. Com tais critérios postos em prática, a mobilidade urbana atenderá as exigências da população verde e amarela e irá cooperar com um meio ambiente mais saudável para todos.