Em diversos filmes hollywoodianos é possível perceber que a maioria das crianças e adolescentes vão para a escola em ônibus escolares, um exemplo, é o filme do Homem Aranha, em que Peter sempre vai para a escola e para as excursões utilizando o transporte escolar. Saindo do universo cinematográfico e adentrando a realidade brasileira, percebe-se que a questão da mobilidade urbana tem se tornado uma pauta frequentemente debatida, uma vez que ela acontece de maneira precária e há diversos fatores que impedem sua melhoria. Mormente, é de suma importância ressaltar que o Brasil é um país majoritariamente urbano, tendo 80%, aproximadamente, de sua população vivendo nas cidades. Desse modo, cabe dizer que o mal funcionamento do trânsito prejudica a qualidade de vida de muitos brasileiros, além de ser um dos principais responsáveis por mortes no país, sendo, em média, 42000 mortes por ano, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Ademais, a grande circulação de veículos também contribui diretamente com a formação das ilhas de calor, que são provenientes da emissão de gases poluentes, em que o transporte contribui com 40% das emissões, de acordo com o relatório Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global. Haja vista que no governo de Juscelino Kubitschek houve um grande incentivo à instalação do setor automobilístico e investimentos nas rodovias, hoje, o transporte, tanto de pessoas quanto de cargas, concentra-se, em sua maioria, nas rodovias. Além disso, a contínua periferização dos bairros, em consequência do aumento do custo de vida nos centros urbanos, tem aumentado a migração pendular. Outrossim, devido ao transporte público ser precário, caro e inseguro, os indivíduos têm dado preferência aos carros, o que é exemplificado pelo infográfico elaborado pelo G1, que diz que o Brasil tem 1 carro para cada 4 habitantes. Todos esses fatores, quando somados, transformam o trânsito um lugar caótico e torna a mobilização cada vez mais ineficiente. Tendo em vista tudo o que foi discutido, medidas precisam ser tomadas para solucionar o impasse. O Ministério do Transporte deve reduzir os transportes rodoviários através do investimento no transporte ferroviário. Além disso, ele deve incentivar os indivíduos a usarem o transporte coletivo, isso deve ser feito por meio de investimentos na melhoria desses transportes, de modo que ele torne-se eficiente. Ademais, cabe aos governos de âmbito municipal realizar o espraiamento da cidade, através de incentivos fiscais para comerciantes que desejam abrir um negócio, desse modo surgiria bairros multifuncionais que atenderiam a demanda da população, dispensando-se o deslocamento para os centros urbanos. Destarte, será possível obter qualidade de vida, assim como Peter Parker.