Enviada em: 12/06/2019

Com a industrialização nas cidades e a mecanização no campo em ritmos acelerados, o Brasil, durante a segunda metade do século XX, se urbanizou de forma pouco planejada e organizada. Além disso, o aumento da circulação de carros agravou a situação do transporte dos grandes centros já mal estruturado historicamente. Como um dos resultados, surge o problema da mobilidade urbana no país.        Em primeiro lugar, o transporte nas cidades brasileiras sofre com a falta de diversidade. Na maioria das metrópoles, são duas as opções: ou carro ou ônibus. Por uma questão de economia de tempo e maior conforto, as pessoas preferem meios individuais em detrimento de coletivos para a locomoção. O impacto dessa preferência é grande, diminuindo a fluidez urbana e aumentando a emissão de gases poluentes.       Em segundo lugar, as cidades padecem de péssima infraestrutura. Apesar de, a passos lentos, o trem surgir como uma possibilidade em alguns lugares, não há grandes avanços no sentido de criar uma alternativa ferroviária ao caos que se tornaram as ruas dos grandes aglomerados demográficos do país. Além disso, não há incentivo amplo aos meios alternativos de transporte, que diminuiriam a poluição e estimulariam a cooperação através de caronas, por exemplo. Dessa forma, o problema piora, dia após dia, com o crescimento populacional das cidades.       Ante o exposto, as unidades federativas e os municípios devem, com o uso de recursos públicos, investir em infraestrutura para outras possibilidades de transportes individuais e, também, em transportes ferroviários, com o objetivo de desafogar as vias públicas. Ademais, devem estimular a iniciativa privada a investir em meios alternativos, como bicicletas e patinetes, com a diminuição de exigências burocráticas. Com isso, o volume de usuários dos sistemas convencionais se dispersará. Só assim o Brasil rumará à resolução do problema da mobilidade urbana, um dos efeitos colaterais da rápida urbanização.