Enviada em: 17/06/2019

Em 1928, ao inaugurar a primeira rodovia asfaltada do país, o então presidente Washington Luís concretizou sua célebre frase "governar é abrir estradas". Posteriormente, ao longo do Governo JK, a industria automobilista inseriu-se fortemente no dia a dia das famílias brasileiras, ao criar a cultura do consumismo desenfreado, onde o carro passa a ser sinônimo de status social. Sob essa conjuntura, pode-se perceber essa herança história ainda presente na realidade atual, a partir dos graves problemas na mobilidade urbana dos grandes centros brasileiros, seja pela negligência governamental, seja pela lenta mudança da sociedade civil.    A principio, é possível perceber que a questão política estrutural está entre as causas do problema. Para o filósofo Karl Marx, o capitalismo prioriza o lucro em detrimento dos valores. De maneira análoga, percebe-se que o Estado não preparou as grandes metrópoles brasileiras para o intenso fluxo de frotas veiculares atual, gerando, assim, engarrafamentos ao longo de todo o dia. Tal infortúnio não afeta apenas o trabalhador urbano, que passa horas no transporte público, como também atinge diretamente a economia do país, visto que esse tempo perdido poderia estar sendo revestido em horas laborais, as quais gerariam renda e movimentação financeira.    Por conseguinte, é válido ressaltar os impactos ambientais proporcionados pela emissão de combustíveis fósseis, derivados da imensa frota de transportes, assim como o crescente desmatamento das áreas urbanas. Sob a perspectiva do filósofo Goldberg, o homem trata os lugares públicos como espaços a serem ocupados por quem chegou primeiro. Acerca disso, é possível perceber a maneira antagônica como os indivíduos tratam a nativa cobertura vegetal de suas áreas de influência em detrimento da industrialização brasileira, fator esse agravado pela constante emissão de poluentes atmosféricos, gerando, sobretudo, impactos ambientais graves como a chuva ácida e o efeito estufa. Desse modo, é conveniente a mudança do arcaico pensamento social, visto que atualmente há meios de associar crescimento econômico e tecnológico com conservação ambiental.    Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para isso, urge que o Governo Federal, juntamente ao Ministério do Desenvolvimento Regional, aposte na expansão da malha rodoviária e na criação de ciclovias e rodízio de veículos, por meio de projetos de reestruturação urbana eficiente, a fim de amenizar o transtorno da população mediante o tempo gasto nos engarrafamentos. Além disso, é cabível a conscientização populacional para os riscos ao meio ambiente derivados dessa problemática, por meio de campanhas publicitárias em redes sociais e canais abertos de televisão. Desse modo, pode-se garantir, enfim, um país organicamente responsável. de ações de vigilância semestrais, fiscalize as empresas rodoviárias aplicando multas para aquelas que não contam com transportes seguros, a fim de amenizar o transtorno da população mediante o tempo gasto nos engarrafamentos