Enviada em: 29/06/2019

No século XX, o processo de urbanização brasileiro teve início e a partir de então foi se intensificando tendo como fator primordial a crescente industrialização. Atualmente, percebe-se que os problemas na mobilidade urbana, tem suas raízes na forma acelerada e desorganizada que esse processo se desenvolveu. Dessa forma, alguns fatores agravam ainda mais essa situação como, transporte público de má qualidade e excesso de veículos individuais. Convém ressaltar, a princípio, que o descaso do poder público com o setor de transporte é um fator determinante para os crescentes problemas da mobilidade urbana. Essa conjuntura, de acordo com as ideias do contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o Governo não cumpre sua função de garantir que os cidadãos gozem do direito imprescindível de transporte público qualificado e seguro. Sendo assim, observa-se um cenário caótico de números insuficientes de veículos, superlotação  e também condições precárias dos veículos disponíveis.  Em consequência disso, cada vez mais indivíduos optam por veículos individuais, comprometendo seriamente a fluidez do trânsito. De acordo com uma pesquisa realizada pelo G1, 43% dos motoristas enfrentam congestionamentos diários, e assim acabam chegando atrasados nos serviços e gastando horas no processo de locomoção. Esse, aliás, não é o único problema, o uso de veículos também está diretamente ligado ao aumento da poluição ambiental e a redução da camada de ozônio.  Portanto, medidas são necessárias para resolver esses impasses. Cabe ao Estado, por meio de investimentos no setor transporte, promover melhorias como, veículos qualificados, rotas bem planejadas, segurança, a fim de que a população desfrute desse direito indispensável. Ademais, ainda o Estado, deve por meio de campanhas sociais, incentivar o uso de bicicletas como alternativa de deslocamento, a fim de que o impacto ambiental pelo excesso de veículos seja amenizado e também os congestionamentos.