Enviada em: 25/08/2019

Os problemas com a mobilidade urbana no Brasil tem apresentado um aumento significativo nas últimas décadas. De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), os números de acidentes de trânsito são de 22,5 para cada 100 mil habitantes brasileiros. Nesse sentido, é importante fazer uma análise dos principais desafios enfrentados pela sociedade diante dessa problemática.     Em primeiro plano, é importante destacar que a ineficácia na gestão do poder público frente a criação e manutenção dos transportes coletivos é um fator preponderante nessa questão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 1940 e 2010 identificou-se uma taxa no crescimento populacional urbano de 72,8%. Diante disso, espera-se que a maior parte da comunidade utilize o transporte público, mas não é o que acontece devido a atual incapacidade desse meio de locomoção para solucionar as suas necessidades diárias.     Como consequência, o aumento nos números das frotas de meios de mobilidade individual no pais se intensificou. Consoante o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em 2012 o país terminou com mais de 50,2 milhões de carros e 19,9 milhões de motos. Posto isto, é possível afirmar que o cenário atual contribui de maneira considerável para surgimento de problemas relacionados ao deslocamento urbano, tornando o convívio no trânsito caótico e perpetuando as limitações da locomobilidade brasileira.    Portanto, medidas são necessárias para resolução dos entraves supracitados. Para melhoria no bem--estar comunitário diante da movimentação urbana, urge que o Ministério da Economia e o Ministério do Desenvolvimento Regional atuem em conjunto, criando enquetes na internet para conhecer as reivindicações da população e aplicar recursos para o planejamento da dinâmica do transporte público com a cooperação de planeadores urbanos. Além disso, utilizar os meios de comunicação em massa como a mídia para fortalecer o pensamento coletivo da sociedade, mostrando a importância de se utilizar os veículos públicos e os benefícios que isso pode trazer. Tudo isso, para que haja uma participação efetiva do Estado nessa questão e uma atenuação dos conflitos no trânsito.