Enviada em: 26/07/2019

A mobilidade urbana é a condição que permite o dinamismo das pessoas, e sempre manteve este este significado, mas no decorrer da história brasileira alterou-se o foco das mudanças. Na atualidade a falta de infraestrutura de qualidade dos transportes públicos e a falta de conscientização popular impedem uma mobilidade urbana de qualidade.       Juscelino Kubitsheck foi o primeiro presidente do Brasil que de fato instaurou um plano de mobilidade urbana, visando deslocamento de pessoas de forma fluida e prática, pela ampliação de rodovias e de veículos pessoais. Entretanto, na contemporaneidade a visão de mobilidade urbana foi modificada, pois os grandes centros urbanos encontram-se saturados. Uma das formas de reacender a mobilidade urbana no Brasil é a utilização de transportes coletivos. Todavia a falta de investimentos públicos em ampliar a capacidade dos mesmos e de sua qualidade a fim de convencer a população de sua eficácia, principalmente e horários de "pico", é um problema assim como a falta de segurança nas cidades para prover a população a a confiança em trocar seus veículos pessoais pelos públicos.       Além disso é indubitável a relação entre mobilidade urbana e o efeito estufa. Esse, fenômeno natural e importante para a sobrevivência humana, veem sofrendo desequilíbrios pelo alto índice de queima de combustíveis fosseis, iniciado e permanente desde a primeira revolução industrial ocasionando diversos problemas sociais e ambientais. A sociedade utiliza os veículos como principal meio de locomoção, foco principal da queima de combustíveis fosseis, evidenciando o pensamento de Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo polonês, a onde a sociedade esta passando pela "modernidade líquida" em que o bem estar social é inibido e o egoísmo pela busca de benefícios pessoais cresce. Neste cenário é importante que a população brasileira adquira empatia e consciência de sua responsabilidade com o meio ambiente e com os outros. Esta mudança de pensamento acarretará a participação dos indivíduos nos transportes públicos, usar bicicletas, andar a pé e como consequência ressignificar a mobilidade urbana no Brasil.       Entende-se, portanto, que o poder público precisa focar em espaços públicos com maior qualidade de vida e mostrar a responsabilidade dos cidadãos com o meio que vivem. Para tanto é necessário que o Ministério da Cidadania crie um projeto em que os indivíduos que utilizem transportes coletivos recebam pontos que poderão ser trocados por benefícios incentivando a atitude. O Ministério da Educação precisa ampliar, por meio de workshop em escolas os efeitos e consequência do efeito estufa para ampliar o conhecimento popular. As mídias e o governo federal precisa, através da publicidade, mostrar a responsabilidade dos cidadãos com a sociedade e o meio ambiente.