Enviada em: 23/04/2019

Sabe-se que hoje as mulheres fazem parte do mercado de trabalho, fator crescente desde a segunda guerra mundial. Também é sabido que elas são essenciais no crescimento da economia, de acordo com a Organização Mundo do Trabalho, a diminuição das diferenças de gênero no mercado de trabalho poderia aumentar o PIB brasileiro em 382 bilhões de reais. Porém, as mulheres enfrentam dificuldades na inserção no mercado de trabalho, como a diferença salarial e preconceitos.     Em primeiro plano, como motivo da manutenção das diferenças trabalhistas no país, cabe destacar o discurso de Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil, declarada em 2015 ao Jornal Zero Hora, ele diz que mulheres devem ganhar menos porque engravidam e tiram licença maternidade. Porém, a licença é um direito do trabalhador e deveria ser também dos pais, visto que esses acabaram de ganhar um filho e precisam arcar as responsabilidades e adaptar-se a chegada de uma criança. Contudo, por causa da cultura em que a mulher é a responsável pelos cuidados do filho, isso não ocorre.            Ademais, mesmo trabalhando mais horas, a mulher segue ganhando menos. Em 2016, elas ainda recebiam o equivalente a 76,5% dos rendimentos dos homens. Uma combinação de fatores pode explicar essa diferença. Por exemplo, apenas 39,1% dos cargos gerenciais eram ocupados por mulheres, certamente esse dado tem origem na insistente crença de que mulheres são menos capazes e na dificuldade masculina em se submeter as ordens dadas por elas, ou em reconhecerem que são tão capazes quanto.       Portanto, é visto a inevitabilidade de mudanças nesse cenário brasileiro. Um exemplo de políticas trabalhistas é a Islândia. Em 2018, o País virou o primeiro a tornar a igualdade salarial obrigatória. Trazer mais mulheres para o mercado de trabalho, é aumentar o PIB, por isso, cabe ao Congresso Nacional seguir o exemplo da Islândia, criando uma lei nacional e eficiente que penalize todas as empresas que não cumprirem com a igualdade salarial para funcionários que ocupem o mesmo cargo, independente de gênero. A fiscalização do cumprimento dessa lei deve ocorrer por meio da Declaração do Imposto de Renda, onde a empresa declara os salários pagos e os cidadãos os salários recebidos, sendo assim possível garantir o direito feminino. Outrossim é que os homens devem ganhar o direito a licença a paternidade igual as mulheres ou o direito de dividirem o tempo entre o pai e mãe. Com isso, acabará o discurso dos prejuízos da contratação de mulheres.